quinta-feira, 14 de março de 2024

CAUTELOSO



CAUTELOSO


Já vivi momentos felizes e doloroso.

Houve tempos de agonia e sinuoso.

Porém, já vivi dia glorioso.

Confesso que já fui ambicioso.

Teve tempo que fui presunçoso.

Tinha ambições e fui pretensioso.

Com as pessoas tornei-me rigoroso.

Na verdade estava num caminho perigoso.

Sem perceber tornei-me ganancioso.

Deixei de ser misericordioso.

Esqueci da humildade se achava grandioso.

Afinal de contas era um religioso.

As muitas falas me fizeram impiedoso.

Quem discordasse, ficava furioso.

Parecia o dono da verdade, um orgulhoso.

Até que entendi, fui asqueroso.

Deixei a demagogia me tornei curioso.

E procurei entender, deixei de ser preguiçoso.

Busquei na história, que era proveitoso.

Deixei de lado as falas do pretensioso.

Mergulhei na busca por entender o que é prazeroso.

Fiz com carinho e dedicação, fui cauteloso.

Como é bom estar fora de um jugo penoso.

O conhecimento é algo tão vigoroso.

Deixamos de ser dependente do falacioso.

Quando encontro um sábio é harmonioso.

Fico horas e horas aprendendo, é majestoso.

É impressionante e tão despretensioso.

Sem impor nada, sem ser presunçoso.

Destila sabedoria, é tão gostoso.

Nos faz sentir muito mais vigoroso.

Não condena, nem julga, apenas é primoroso.

Com o passar do tempo, fiquei silencioso.

Deixei de ser como era, impetuoso.

Tenho muito o que aprender, estou ansioso.

Olho para o passado e comparo, como era vaidoso.

Não dá para voltar e reparar o indecoroso.

É seguir em frente e aprender onde fomos faltoso.

Deixei a pedra cair da mão, aprendi a ser bondoso.

Compreender as pessoas é ser cauteloso.

Enquanto escrevia na areia, ocorria algo tenebroso.

Alguém seria condenado, o ato em si consciencioso.

Para aquela época isso era judicioso.

As pessoas com a pedra na mão, julgaria o criminoso.

Diante deles foi colocado algo valioso.

Olhando para um espelho, enxergaram que era culposo.

E cada um saiu daquele lugar, silencioso.

Naquele dia ninguém viu o arenoso.

E o que estava escrito de tão valioso.

Mas aquela pessoa leu, ficou sigiloso.

E do escritor ouviu algo esplendoroso.

Ninguém te condenou, nem eu, algo misterioso.

Naquele dia a letra deixou de matar, sentencioso.

E a pedra da execução tão impetuoso.

Foi trocado pelo amor, excelente, generoso.

Compreensivo, suportador e vultoso.

O amor é surpreendente e espirituoso.

Alguém com a morte declarada, se depara com o gracioso.

Que olhando para os acusadores, respeitoso.

E os convida a julgarem a si mesmos, foi estrondoso.

As palavras escritas na areia me deixou curioso.

Mas toda a cena daquele momento, foi contagioso.

Olhando para mim mesmo me senti vergonhoso.

De certa forma era as minhas ações, desastroso.

Mas depois de tudo isso, do conhecimento fiquei desejoso.

Foi um marco da mudança, foi maravilhoso.

Sou um eterno aprendiz, me sinto vitorioso.

Claro que meus caminhos não é só flor, é espinhoso.

Como as veredas de todos, aventuroso.

Mas tenho certeza de uma coisa, sou criterioso.

Comigo está o TODO-PODEROSO.

(Claudio Alves de Oliveira)

Cauteloso



 

4 comentários:

Anônimo disse...

A paz de Deus que excede todo entendimento reine em nossos corações. Linda reflexão.

claudio movie disse...

Deus abençoe imensamente pela participação e comentário minha gratidão.

Izabely disse...

A Santa Paz de Deus, irmão Claudio. Deus abençoe
NEM tenho o que dizer. Magnífico 🙌🙌

claudio movie disse...

Deus abençoe imensamente grato por participar