A REPREENSÃO

A REPREENSÃO

“Nunca se ofenda com a repreensão, pode ser amor”

Em certo sentido afirmamos que somos as pessoas mais importante do mundo, nos julgamos de uma maneira que não necessitamos de crítica, ou de correção, ou que alguém nos ensine, nos colocamos sempre num patamar superior aos demais, é o nosso ego, nosso amor próprio que nos seduz nos tornando diferentes, ou seja, nada humildes.

Ninguém se sente bem sofrendo uma correção por mais que nós admitimos que é correto e que precisávamos daquilo, ainda assim é muito complicado passar por uma situação assim, muito difícil de assimilar porque talvez falte humildade em quem está nos ensinando ou quem sabe falte a sabedoria em nós para aprender, a verdade é essa ninguém gosta de ser repreendido, mas em nós mesmo existe um prazer imenso em repreender alguém, colocar a pessoa no seu lugar, de fato ainda temos essa barreira a quebrar.

Pessoalmente conheço pessoas que não assimila a correção indiretamente, em público mesmo que aquilo não esteja endereçado à aquela pessoa, vai sair do local muito constrangido e logo crítica, ainda que tudo que tenha ouvido fosse de grande edificação, mas um palavra dita para correção muda tudo e toda a edificação desmorona,  sabemos que nem todos são assim, mas a maioria agem dessa forma, e principalmente os mais velhos, dentro de uma comunidade religiosa, os líderes jamais aceitarão que alguém os ensine.

Admitir que estavam errados num certo ponto, não espere essa atitude dos líderes, a maioria deles se sentem ainda mais superiores, no passado o SENHOR JESUS olhava a liderança religiosa da época e chegou a uma conclusão, eles impõem fardos pesados ao povo um jugo áspero, mas não usam um dedo para ajudar, não fazem força de levantar uma pena sequer, e isso de certa forma não mudou muito, ainda continua do mesmo jeito. Eles exigem o respeito a sua pessoa, obrigação de todos, mas exigem também uma cega obediência e não admitem uma crítica, uma análise, um parecer, é a sua vontade acima de tudo em certos aspectos, uma observação, não tente tirar a prova disso sua imagem perante os demais seria destruída, não estou generalizando, mas para todas as lideranças seja ela o que for, religiosa, política, social o povo sempre será povo, a visão de superioridade sempre vai prevalecer.

Mas se tratando de nós individualmente podemos mudar isso, entender que sempre precisamos de orientação, de correção embora nos sentimos engolindo uma sapo, no entanto, precisamos assimilar entender que é preciso, que em certos momentos precisamos de um empurrão, e nem sempre quem está do outro lado tem a intenção da humilhação a nossa pessoa, mas provocar em nós o nosso melhor, tem a intenção de que temos uma reação, no fundo a crítica até forte contra nós, tem o objetivo de nos acender é como se nós fossemos um tição todo cheio de fuligem, e a crítica a correção tão dura são os assopros de alguém tirando a fuligem para que o tição se torne incandescente novamente, volte a brilhar.

Como um remédio tão amargo, mas o efeito é o alivio da dor, difícil de engolir a repreensão, mas no futuro vamos entender que sem aquele momento nossos caminhos poderiam seguir outros rumos. E até podemos se aproximar daquele que nos ajudou e demonstrar gratidão, a real é isso o momento será sempre imprevisível para nós todos, uns vão assimilar, no entanto a maioria não vai, é um risco que corremos.

Itens ou detalhes que deixamos de observar, coisas simples que deixamos para trás, não realizamos e que um dia nos fará falta, sorte daqueles que conseguem de alguma forma recuperar o que perdeu, buscar o que esqueceu no passado, uma chance única talvez, mas que deve ser aproveitada.

Nos momentos em que deveríamos ser decisivos, fomos indecisos, titubeamos.

No tempo em que deveríamos ser compreensivos, nos tornamos intransigentes.

Na hora da comoção pela dor alheia, ficamos obsoletos.

No momento em que deveríamos agir, optamos pela omissão.

Quando tínhamos que ser assertivos, nos tornamos imprecisos.

Na hora que deveríamos ser justos, preferimos a imparcialidade.

No momento de enxugar as lágrimas de alguém, apenas fizemos companhia.

Quando tínhamos que combater pois era o mal, o inimigo, optamos pela desistência.

Quando deveríamos nos calar, opinamos, e no momento de falar ficamos em silencio.

No dia de sorrir, nos preferimos ficar sisudos, na hora de ficarmos sérios, gargalhamos.

No momento do nosso encontro, resolvemos no ultimo minuto ficar em casa.

Quando o anjo bateu no portão, nós ignoramos por causa de seu aspecto.

Quando alguém nos procurou trazendo uma dádiva, não nos encontrou.

Estávamos escondidos e ocupados em coisas sem sentido.

Quantas vezes a oportunidade passou ao nosso lado e a desprezamos.

Em quantas oportunidades poderíamos dar a resposta certa, mas só criamos mais dúvidas.

Quantas vezes poderíamos incentivar, elogiar, mas criticamos.

Estamos falando de simples detalhes dos quais na meditação destas palavras forma sendo elucidadas, e coloco elas nessa simples reflexão, não há como ignorarmos cada item mencionado, é a nossa realidade e dizer que nunca fizemos um desses atos estamos sendo hipócritas, não quis usar a palavra mentiroso, mas é isso, contradição se fazemos o que não somos, se passar por alguém de quem nem temos sombra, a sinceridade em nós é maior detalhe que possa existir nele reconhecemos nossas dificuldades, onde precisamos chegar, no que precisamos evoluir, qual ponto de atenção, a sinceridade é reconhecer que necessitamos aprender a cada dia, a cada momento, a cada instante.

Sendo sinceros nós deixamos de ocultar nossos deslizes, e confessamos sim nossas intolerâncias, e assim nos retratamos, pedimos desculpas ou imploramos por perdão, procurarmos concertar o erro, reparar um dano, ressarcir quem ficou lesado, a sinceridade nos encaminha para a humildade, de certa forma quando nós reconhecemos que somos falhos e criamos aquela expectativa para que os demais nos compreendam, e também passamos a ser mais compreensivos, começamos a entender, interpretar o que o nosso amigo(a), nosso irmão(ã) está passando, mesmo que ofendidos por alguém procuramos resposta naquela ofensa.

Se existir algum ponto crítico nessa reflexão creio para quem ler na sua totalidade a crítica foi construtiva e não para desmoralizar, destruir com a autoestima de alguém, os pontos fracos apresentados é tão comum entre nós ainda que sejamos os mais prudentes, mais instruídos ou mais sábios, tanto faz, somos assim podemos acertar hoje, mas amanhã errar, podemos demonstrar hoje um ato inconsequente, mas amanhã nossa ação está baseada no amor verdadeiro, e assim prosseguimos. Paulo falou muito disso em suas cartas, aquilo que de bem queria fazer não conseguia, mas aquilo que não seria bom a todo momento praticamos.

E não esquecermos que existe um limite para erros e acertos, uma linha tracejada por DEUS que seríamos que andássemos sobre ela, mas a linha do erro está a nossa esquerda existe uma tolerância que não podemos avançar e a nossa direita a linha dos acertos que enquanto estivermos por aqui nesse mundo mesmo que quiséssemos não a alcançaríamos.

Nossa sinceridade faz com que nós aprendamos com os erros, uma falha nossa observamos que não funciona e não voltamos a realizar, e claro que existem pessoas que se tronam viciosas e andam somente em cima do limite do erro e por outro lado atingir a excelência depende de muito esforço, mas permanecer é ainda mais improvável, andar no limite dos acertos, ou seja, na linha da perfeição, é muito difícil que exista alguém assim.

Os que dizem perfeitos não suportam as fraquezas dos demais, e falam muito e no falar demais, acusam e condenam, consegue enxergar o pico que acontece da linha da perfeição ele cai para praticamente além da linha do erro, sorte daqueles que encontram o caminho de volta e aprendem com isso.

Essa é mais uma reflexão, da qual eu não programei, só tinha quatro daquelas frases, mas ainda deformada escrita em um papel, mas sou grato a DEUS pela inspiração e de quatro linhas surgiu esse texto.

Que DEUS abençoe o seu dia, o seu momento, o seu agora.

(Claudio Alves de Oliveira)

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