quarta-feira, 25 de março de 2020

SIMPLESMENTE SIMPLES


Simplesmente simples
Em certos momentos insistimos em compreender o incompreensível.
E o que é tão simples e obvio optamos por deixar de lado.
Nos preocupamos com as coisas impossíveis.
E esquecemos das pequenas coisas, ações e atitudes que poderíamos realizar.
Somos assim, o fato de algo ser tão simples e de fácil compreensão.
Nos tira o desejo e a vontade de nos agirmos.
O pequeno e simples detalhe que tanta diferença faz.
Acabamos por ignorar, a simplicidade não atrai a maioria de nós.
Como diz um dito popular, ninguém dá o braço a torcer.
Observamos esse aspecto em vários setores e seguimentos.
Talvez o olhar ganancioso da maioria atrapalhe um pouco.
Também a visão maliciosa destrua com as virtudes das pessoas.
O “eu”, esse amor próprio ao extremo conturba a visão.
A oportunidade que muito esperam durante muito tempo.
Ela passa e nunca mais volta, por um descuido?
Ou pelo fato de essa chance se apresentar de forma indiscreta.
Sem grandeza, sem alarde de maneira simples, e é ignorada.
Da humanidade, alguém muito importante se apresentou na terra.
Não era daqui, mas na sua forma simples e pobre foi ignorado.
Rejeitado por todos, porque as pessoas se iludem e pensam que a riqueza.
A fortuna se trata somente de dinheiro, ouro e prata.
E ELE foi rejeitado por ser um rei sem palácio.
Um rei que não tinha carros e nem cavalos.
Nem súditos e nem uma fortuna e muito menos propriedades.
Suas eternas riquezas não eram desse mundo.
Aqui ELE foi pobre, mas enriqueceu a muitos.
Aos doze anos surpreendeu os sábios com sua sabedoria.
E no final da sua jornada aqui, uma morte atroz, horrenda.
“Quem deu credito a nossa pregação?”
Dizia uma profecia há muito tempo antes dos fatos.
Foi o mais desprezado dos homens, e o mais rejeitado.
Mas quando expirava no madeiro um Centurião confessou.
ELE era realmente o FILHO DE DEUS.
Um pouco tarde para os que O condenaram.
Para quem O julgou, mesmo sendo inocente.
Para os que O trocaram por Barrabás.
Olhando para todo o ocorrido, e para as profecias.
Que falavam a respeito do FILHO DE DEUS.
Seria tão simples aceitar a sua vinda, recebê-lo.
Mas, devido a sua simplicidade não o receberam.
Em certas ocasiões nos é pedido tão pouco.
E ainda assim relutamos em o fazer.
Nos é colocado um fardo leve de se carregar.
Mas na nossa arrogância descartamos e preferimos o jugo pesado.
Nos foi pedido para que crêssemos, optamos por duvidar.
Nos foi pedido que rejeitássemos o mal, preferimos abraçar.
Um dia um choro foi feito sobre uma cidade.
“Ah Jerusalém que mata os profetas e os que são enviados.
Quantas vezes quis ajuntar seus filhos.
Como a galinha que ajunta seus filhos debaixo das asas”.
Não conheceu do dia da sua visitação.
Tudo o que sobrou foi o muro onde se lamentam até hoje.
Se eles soubessem quem os visitou naqueles dias.
Um privilégio que só eles tiveram, só aquele povo e aquele tempo.
Creio que é bem claro a nossa reflexão.
Naamã um homem muito importante na Síria.
Porém tinha lepra, e para ele foi pedido algo muito simples.
Para que a lepra o deixasse, a princípio ele relutou.
Por se tratar de algo tão fácil, e acreditou na pureza do rio.
Não observou a essência, a simplicidade ofuscou a sua grandeza.
Mas alguém munido de bom senso, o fez pensar diferente.
Se tivessem pedido alguma coisa muito difícil, você faria.
Esse argumento o quebrou, te foi pedido algo tão simples.
Aos religiosos foi pedido algo tão simples.
Mas optaram pelas complexidades de falácias humanas.
Nos foi pedido para tomarmos uma decisão bem simples.
A maioria optou pelas escolhas complexas e sem sentido.
Nos foi colocado entre a honestidade e a corrupção.
A maioria optou pela corrupção.
Nos foi pedido para tomarmos uma decisão.
A liberdade ou a escravidão, a maioria optou pela escravidão.
Decisões erradas nos causam prejuízos.
Mas conseguimos voltar atrás e recomeçar.
Atitudes erradas nos causam muito transtorno.
Mas ainda assim nos resta uma esperança.
Só não enxergam a oportunidade aqueles que não querem ver.
Optaram por fechar os seus olhos.

(Claudio Alves de Oliveira)
Simplesmente simples

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