Simplesmente simples
Em certos momentos insistimos em
compreender o incompreensível.
E o que é tão simples e obvio
optamos por deixar de lado.
Nos preocupamos com as coisas
impossíveis.
E esquecemos das pequenas
coisas, ações e atitudes que poderíamos realizar.
Somos assim, o fato de algo ser
tão simples e de fácil compreensão.
Nos tira o desejo e a vontade de
nos agirmos.
O pequeno e simples detalhe que
tanta diferença faz.
Acabamos por ignorar, a
simplicidade não atrai a maioria de nós.
Como diz um dito popular,
ninguém dá o braço a torcer.
Observamos esse aspecto em
vários setores e seguimentos.
Talvez o olhar ganancioso da
maioria atrapalhe um pouco.
Também a visão maliciosa destrua
com as virtudes das pessoas.
O “eu”, esse amor próprio ao
extremo conturba a visão.
A oportunidade que muito esperam
durante muito tempo.
Ela passa e nunca mais volta,
por um descuido?
Ou pelo fato de essa chance se
apresentar de forma indiscreta.
Sem grandeza, sem alarde de
maneira simples, e é ignorada.
Da humanidade, alguém muito
importante se apresentou na terra.
Não era daqui, mas na sua forma
simples e pobre foi ignorado.
Rejeitado por todos, porque as
pessoas se iludem e pensam que a riqueza.
A fortuna se trata somente de
dinheiro, ouro e prata.
E ELE foi rejeitado por ser um
rei sem palácio.
Um rei que não tinha carros e
nem cavalos.
Nem súditos e nem uma fortuna e
muito menos propriedades.
Suas eternas riquezas não eram
desse mundo.
Aqui ELE foi pobre, mas
enriqueceu a muitos.
Aos doze anos surpreendeu os
sábios com sua sabedoria.
E no final da sua jornada aqui,
uma morte atroz, horrenda.
“Quem deu credito a nossa
pregação?”
Dizia uma profecia há muito
tempo antes dos fatos.
Foi o mais desprezado dos
homens, e o mais rejeitado.
Mas quando expirava no madeiro
um Centurião confessou.
ELE era realmente o FILHO DE
DEUS.
Um pouco tarde para os que O
condenaram.
Para quem O julgou, mesmo sendo
inocente.
Para os que O trocaram por
Barrabás.
Olhando para todo o ocorrido, e
para as profecias.
Que falavam a respeito do FILHO
DE DEUS.
Seria tão simples aceitar a sua
vinda, recebê-lo.
Mas, devido a sua simplicidade
não o receberam.
Em certas ocasiões nos é pedido
tão pouco.
E ainda assim relutamos em o
fazer.
Nos é colocado um fardo leve de
se carregar.
Mas na nossa arrogância
descartamos e preferimos o jugo pesado.
Nos foi pedido para que
crêssemos, optamos por duvidar.
Nos foi pedido que rejeitássemos
o mal, preferimos abraçar.
Um dia um choro foi feito sobre
uma cidade.
“Ah Jerusalém que mata os
profetas e os que são enviados.
Quantas vezes quis ajuntar seus
filhos.
Como a galinha que ajunta seus
filhos debaixo das asas”.
Não conheceu do dia da sua
visitação.
Tudo o que sobrou foi o muro
onde se lamentam até hoje.
Se eles soubessem quem os
visitou naqueles dias.
Um privilégio que só eles
tiveram, só aquele povo e aquele tempo.
Creio que é bem claro a nossa
reflexão.
Naamã um homem muito importante
na Síria.
Porém tinha lepra, e para ele
foi pedido algo muito simples.
Para que a lepra o deixasse, a princípio
ele relutou.
Por se tratar de algo tão fácil,
e acreditou na pureza do rio.
Não observou a essência, a
simplicidade ofuscou a sua grandeza.
Mas alguém munido de bom senso,
o fez pensar diferente.
Se tivessem pedido alguma coisa
muito difícil, você faria.
Esse argumento o quebrou, te foi
pedido algo tão simples.
Aos religiosos foi pedido algo
tão simples.
Mas optaram pelas complexidades
de falácias humanas.
Nos foi pedido para tomarmos uma
decisão bem simples.
A maioria optou pelas escolhas
complexas e sem sentido.
Nos foi colocado entre a
honestidade e a corrupção.
A maioria optou pela corrupção.
Nos foi pedido para tomarmos uma
decisão.
A liberdade ou a escravidão, a
maioria optou pela escravidão.
Decisões erradas nos causam prejuízos.
Mas conseguimos voltar atrás e
recomeçar.
Atitudes erradas nos causam
muito transtorno.
Mas ainda assim nos resta uma
esperança.
Só não enxergam a oportunidade
aqueles que não querem ver.
Optaram por fechar os seus
olhos.
(Claudio Alves de Oliveira)
Simplesmente simples
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