terça-feira, 7 de julho de 2020

PERGUNTAS: SEM ESPERANÇA




SEM ESPERANÇA
PERGUNTAS

O que se espera de pessoas corrompidas?
O que podemos esperar de pessoas vendidas?
Que confiança podemos depositar em vigaristas?
Que ato esperamos de quem não se importa com nada?
Que realizações se espera de pessoas incapacitadas?
Que gestão podemos esperar de governantes incompetentes?
Quando damos a chave do cofre a um bandido que resultado queremos?
Poderemos esperar verdades dos lábios mentirosos?
Podemos esperar fidelidade nos infiéis?
Ou podemos esperar sinceridade de um mau-caráter?
Como podemos esperar honestidade em pessoas fraudulentas?
E dos traidores como podemos lhe confiar um cargo de confiança?
E dos injustos como poderemos esperar deles justiça?
E dos impuros temos esperança de ver obras virtuosas?
E dos criminosos como esperamos boas ações?
Quando um mentiroso esboça falar verdades, é sarcasmo.
Quando um criminoso falar de honestidade é hipocrisia.
Quando um corrupto fala em combater a corrupção é deboche.
Quando um pervertido tentar ser humilde, precisa confessar publicamente seus delitos.
O arrependimento precisa ser precedido de culpa.
Quando não existe o remorso, apesar das lágrimas é apenas enganação.
Um corrupto só será honesto quando confessar seus crimes e se colocar a disposição da lei.
Sem atitudes e ações nada se comprova, palavras só não bastam.
Convencidos tem muitos, convertidos são poucos.
Muitos optam pelo convencimento, o caminho da conversão requer arrependimento.
O caminho espinhoso e estreito é rejeitado, a vereda das arruaças e das facilidades são escolhidas.
Como esperar alguma coisa daqueles que nada tem?
Como esperar um sorriso de quem só emana o ódio?
Como esperar luz daqueles que vivem em trevas?
Como esperar uma lágrima daqueles que não se comovem?
Como esperar um gesto carinhoso daqueles que não sabem amar?
Como esperar alguma ação de alguém sem atitudes.
Como esperar antecipação daqueles que vivem no atraso.
No entanto, ainda existe uma esperança.
As pessoas, os seres humanos surpreendem.
Talvez por isso nem tudo está perdido.

(Claudio Alves de Oliveira)
Sem esperança


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