NÃO DESISTA

NÃO DESISTA

Eu não posso desistir.

Palavras que exprimem muita força.

São palavras muito pesadas.

Em contra partida.

Difícil de sustentar, ou seja, suportar.

É preciso muita coragem e determinação.

Se manter ali firme diante das adversidades.

Como se estivesse num combate.

Sendo esmurrado de todas as formas.

E determinados a não entregar os pontos.

Nem jogar a toalha, desistir do combate.

As feridas abertas, as marcas pelo rosto.

E ainda assim insistimos em ficar em pé.

Ainda que seja apanhando, sendo surrado.

Mas dentro de nós, ecoasse essas palavras.

Não posso desistir, não vou parar.

Todos nós sabemos do nosso limite.

E superar esse limite, ir além.

Requer a dedicação, o sacrifício.

Convenhamos que o preço é muito alto.

Nem todos estão disposto a pagar.

Mas, quer saber uma coisa interessante.

Quando passamos por uma experiência assim.

Acabamos por descobrir que o nosso limite.

Não era onde imaginávamos, está mais além.

Sim, somos limitados no entanto, não conhecemos totalmente.

Somente o embate, a adversidade nos mostra isso.

Os obstáculos, as dificuldades nos esclarecem.

Agora acho que fica bem claro.

Que nem tudo na vida é um mar de rosas.

Chega aqueles dias de lástimas.

Momentos que não estava no script.

Não programamos aquilo, muito menos esperávamos.

E nos perguntamos como isso aconteceu?

Como foi que isso foi possível.

Lembra do lutador sendo castigado.

Tudo tem um propósito, mas você já entendeu.

O boxeador precisava entender o quanto ele suportava.

É, ultrapassar as nossas limitações.

Ou conhecer quem somos de verdade.

Sem querer nos julgamos incapazes.

Subestimamos a nós mesmo.

Não acreditamos no nosso potencial.

E por essa razão desistimos muito rápido.

Diante dos obstáculos resolvemos voltar.

Não temos a noção do quanto somos capazes.

Do quanto podemos suportar.

Do que nem mesmo a dor e seus efeitos.

Pode nos parar, nos jogar ao chão.

Eu não posso desistir.

É claro que tem aqueles que optam pela omissão.

Que preferem não se expor.

Não se arrisca e determina os seus marcos.

Determina os seus limites.

Se fosse agora desistir de tudo.

Talvez, ninguém questionaria.

Motivos e razões não nos faltam.

As justificativas são excelentes.

As feridas aberta sangrando.

A face toda marcada, mal consegue ficar em pé.

O adversário surrando e aproveitando o momento.

Se jogar a toalha ninguém vai discordar.

Seria a decisão inteligente.

Mas não há excelência.

Apenas se lembre, recorde.

Que alguém um dia carregou uma cruz muita pesada.

E precisava ir longe, onde seria executado.

Também da mesma forma, além das razões.

Justificativas, só precisava de uma palavra.

E tudo cessaria, mas foi até o fim.

No caminho do Gólgota, muitos o insultava.

Já na cruz ainda foi provocado.

Mas não desistiu, suportou a dor.

E foi por você, por mim.

Não desista, não pare.

Não saia do caminho.

Siga em frente.

(Claudio Alves de Oliveira)

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