TOMANDO UMA DECISÃO

TOMANDO UMA DECISÃO

Tem momentos que somos nós a dar primeiro passo.

Nos cabe tomar uma atitude, por mais que não nos seja favorável.

No entanto, o cenário que se apresenta diante de nós não permite a nossa omissão.

A ocasião nos leva a tomar uma decisão, o momento se apresenta e nos deixa sem saída, precisamos estar um passo a frente.

Alguém pode pensar, virá outro e fará a mesma coisa, não posso perder tempo, tempos difíceis criam pessoas fortes e tempos fáceis o contrário, feliz é aquele que no seu caráter não importa o momento para uma ação.

Um simples gesto de estender a mão primeiro, se antecipar tem um efeito gigantesco de que não fazemos ideia da barreira que estamos destruindo, o mal desfeito num simples “bom dia”, “oi, como vai”, aquele que recebe essa saudação pode ser que seja o seu último recurso, nós não conhecemos como está, o seu físico podemos até ver, mas não sentir a sua dor, a sua alma não conseguimos ver muito menos deslumbrar seus medos e horrores, mas nosso simples gesto naquele momento pode aliviar a dor.

Estender a mão pode deixar de ser um gesto simples de cumprimento, uma saudação, longe dos holofotes isso têm outro significado, outra força, muito mais eficaz.

Nesse gesto de apenas estender a mão, podemos puxar alguém da beira de um abismo, sem perceber, ao dizer “bom-dia” para alguém sem notarmos estamos dando uma direção para a pessoa que estava andando a esmo, ao dizer “como vai” estamos tirando aquele ser daquela hipnose, e quando falamos para alguém “DEUS abençoe” não faz ideia da multidão de demônios que estão saindo e deixando aquela alma em paz.

Então não importa como estejamos, o que estamos passando no momento, se estamos triste ou alegres, não importa como nos sentimos, podemos estar com o coração dilacerado a alma amargurada ou até mesmo passando pelo vale da sombra da morte, ainda assim nunca deixe de sorrir, nunca deixe de estender a mão, de falar um “oi”, “olá”, “como vai”, “tudo bem com você”, “fica com DEUS”, DEUS o abençoe e o acompanhe”, faça sempre isso lá do coração deixe isso fluir da sua alma.

Cada um de nós tem as nossas lutas e batalhas, no entanto a sabedoria, o entendimento, que nos cerca que nos envolve, aprendemos que nossas adversidades não dividimos com ninguém, nossas tristezas são nossas, as nossas dores temos que encará-las sem envolver ninguém, precisamos ser diferentes, fazer a diferença nesse mundo.

Por essa razão iniciamos essa reflexão dizendo que somos nós a dar o primeiro passo, a antecipação tem que partir de nós, a atitude tem que fazer parte da nossa jornada, fazer isso como se nos completasse, isso podemos chamar de excelência, talvez, perfeição.

Lembra da parábola do bom Samaritano, aquele homem que foi assaltado e espancado e ficou ali no chão, passaram por ele um sacerdote e um levita, e nenhum deles o ajudou, mas vinha uma Samaritano que se comoveu com sua situação e o ajudou com suas feridas o colou no cavalo por certo o levou até uma estalagem e lá o deixou, mas não só isso, deixou dinheiro para o dono da estalagem e disse que quando voltasse da sua jornada e se fosse preciso pagaria mais.

Essa passagem nos mostra que a posição social não significa nada, o seu status religioso muito menos ainda, agora a atitude, a ação de ajudar isso sim tem muito valor, as duas autoridades que passou perto daquela vítima se acharam muito superiores para fazer alguma coisa para alguém, o orgulho de seus cargos e posição impediam isso? Acredito que não, mas o caráter sim, o orgulho sim impediria de ajudar.

O Samaritano não perguntou se aquele precisava de ajuda, a situação a nossa frente, o quadro que se apresenta diante de nós não há necessidade de questionamentos, mas sim de ações, imagina você andando na rua e ver uma pessoa sendo atropelada na sua frente, está lá no chão se contorcendo de dor ou imóvel, ninguém vai lá perguntar se precisa de ajuda, se não soubermos dar os primeiros socorros no mínimo chamamos o resgaste.

Por curiosidade no trânsito a omissão é crime, mais agravante por quem tem algum conhecimento baseado em primeiros socorros.

Usando a passagem do bom Samaritano, se for pra fazer o faço por completo, se ele tivesse socorrido o homem já teria feito muito mais que os religiosos que passaram antes dele, mas ele fez muito mais do que só ajudar, ele cuidou, se preocupou, investiu na sua recuperação e, com certeza, voltaria depois de seus compromissos para ver a recuperação total, ai sim aquele Samaritano poderia dizer, missão cumprida, aquilo o completaria.

Tudo isso o atrasou, imaginamos que sim, era um viajante, talvez um homem de negócios, e um atraso talvez até deixasse de ganhar, um contrato poderia até ser cancelado, poderia ter um grande prejuízo, mas ali na sua frente tinha um seu semelhante que precisava de ajuda, e ele não pesou nada se perderia, ou teria prejuízos, ou se atrasaria, todo o seu foco foi em ajudar.

E nós só estávamos falando de um simples gesto de estender a mão, ou cumprimentar alguém, imagina com mais profundo se torna quando entramos na parábola, depois de tudo e aí o que achou, deixe seu comentário eu gostaria de ouvir.

Eu pergunto agora, consegue através do sorriso esconder a sua dor? Consegue ocultar o seu sofrimento com simples aperto de mão? Na sua face o sorriso que esconde ou oculta uma multidão de lágrimas, talvez uma dor profunda, mas isso não pode te derrubar, não pode transparecer, muitos precisam de você, tem pessoas que não suportam e precisa do seu sorriso, precisam da sua alegria e do brilho do seu rosto, sentir o toque das suas mãos, é verdade que você tem seus problemas, mas na sua jornada pode ter alguém que foi como aquele homem que foi assaltado e espancado e não consegue nem andar.

Tome a frente, se antecipe, haja seja a luz no meio das trevas, seja a direção para quem se perdeu, ou a saída para quem se trancou na sua arrogância e no seu orgulho, seja o exemplo para aqueles como aquele sacerdote e o levita que na sua posição tão elevada não pode parar para socorrer, seja o socorro do necessitado.

Que DEUS possa abençoar o seu dia o seu momento o seu agora.

(Claudio Alves de Oliveira)

Tomando uma decisão