terça-feira, 21 de março de 2023

COMO NO XADREZ

 



COMO NO XADREZ


No coração do justo habita as certezas.

Já nos injustos não tem espaço para a verdade.

Aqueles que pesam suas palavras, ouve as duas versões.

Não têm conclusões precipitadas, é considerado sábio.

Mas aqueles que só acusam, julgam e condenam.

Destila o veneno da hipocrisia, é um sádico.

Sua felicidade é ver a destruição de uma reputação.

Num jogo de xadrez os peões vão na frente.

Sem saber a razão disso, estarem sendo usados.

Sistemas de governos fazem o mesmo que no xadrez.


Difundem suas ideias usando seu próprio povo.

Usam da inocência, ou do ponto fraco das pessoas.

A repetição de discursos e ideais.

Palavras sendo colocadas na hora certa e no momento.

São absorvidas de forma satisfatórias.

E causam um grande efeito na população.

O controle das massas, uma façanha.

Muitos odeiam sem saber o porquê.

Falam de assuntos sem o devido conhecimento.

Caminham por caminhos sem saber o destino.

Não se importam onde pisam, se é seguro ou não.

Assim as pessoas são controladas.

Até mesmo na sua maneira de pensar.

São influenciadas em todo os seus aspectos.

Cultura, religião, educação e política.

Ou no seu próprio egoísmo e ganância.

Muitos não conseguem definir o certo e o errado.

Não percebem que são enganados.

Hoje tem um discurso contrário de oposição.

Amanhã eles apoiam a mesma coisa, não se definem.

São como as nuvens carregadas pelo vento.

Sem consistência na sua própria postura.

Aqueles que folga com a injustiça é desprovido de caráter.

E não existe verdade nele, muito menos o amor.

Um injusto na terra, sem coerência.

Não liga para os fatos, a história, apenas ignora.

As pessoas sem luz tropeçam nas pedras.

E nos seus próprios passos.

Só acusam, julga e condena.

Um dia sua boca proferirá sua própria sentença.

Como aquele que somente odeia, sem justificativa.

Um dia não haverá quem odiar mais.

E odiará a si mesmo.

A vida do injusto até parece próspera.

Mas quando findar sua jornada.

E estiver próximo do fim.

Sentirá o amargo gosto da derrota.

Porém aquele que sofreu com a injustiça.

Que sofreu com as falsas acusações.

Teve sua vida e sua reputação destruída.

Que foi verdadeiro, honesto.

Sem se importar com as consequências.

Se manteve reto, no caminho certo.

Não negociou seu caráter nem se vendeu por nada.

O seu preço é a verdade, custe o que custar.

Não se corrompeu, nem abriu mão dos valores e princípios.

Nem aceitou ser manipulado.

Recusou fazer parte de manobras.

Ser um objeto nas mãos de pretensiosos.

Pode até ser que em sua volta todos estejam corrompidos.

Mas isso não influenciou os seus ideais.

Pode até ser que houve bonificação.

Em troca do silêncio e do sigilo.

Mas a oferta foi recusada.

Aquele que semeia em lágrimas.

Ceifará com a alegria.

Esse pode dizer que é mais do que vencedor.

(Claudio Alves de Oliveira)

Como no xadrez


Nenhum comentário: