segunda-feira, 2 de janeiro de 2017


Sem inspiração, sem concentração.
Não tenho nenhuma motivação.
Nenhuma razão, nenhuma devoção.
Para escrever um texto, uma poesia, uma dissertação.
Muito menos uma redação.
Falar da chuva, do sol ou da lua, da constelação.
Nem de futebol política ou da televisão.
Nem do sistema, nem da elite, muito menos de religião.
Embora não há nada que tire minha atenção.
Apenas o silencio da noite e a solidão.
Não há barulho na rua, apenas da chuva e do trovão.
Estou aqui plantado no chão.
Tentando olhar a imensidão.
Mas o céu escuro não vejo nada em qualquer direção.
Parece que estou parado, estacionado sem reflexão.
Talvez estas palavras não chame a sua atenção.
Quem sabe não seria essa a minha intenção.
Somente dizer o que sinto no coração.
Talvez um dia isso vire uma canção.
Não penso em riqueza em ter uma mansão.
Isso não passa de ilusão.
O dinheiro em si é um mal da nação.
Quando tem muito falta administração.
Quando não tem é uma decepção.
Como queria muito fazer uma declaração.
Mas não tenho dicção.
Queria muito escrever com emoção.
Mas não tenho muito estudo nem formação.
Queria falar das coisas lindas do amor e do coração.
Mas não tenho tanta informação.
Nesse momento preciso de uma decisão.
Se paro por aqui ou tomo outra direção.
Porque não existe tantas palavras assim com essa terminação.
Deixo aqui o meu pedido de perdão.
E obrigado pela sua atenção.
Não me sinto mais sozinho nem na escuridão.
Acredito que não estou mais na solidão.
Porque tenho amigos aqui e até no Japão.
Um abraço e um beijo no coração.


(Claudio Alves de Oliveira)





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