Só
Sem
inspiração, sem concentração.
Não
tenho nenhuma motivação.
Nenhuma
razão, nenhuma devoção.
Para
escrever um texto, uma poesia, uma dissertação.
Muito
menos uma redação.
Falar
da chuva, do sol ou da lua, da constelação.
Nem
de futebol política ou da televisão.
Nem
do sistema, nem da elite, muito menos de religião.
Embora
não há nada que tire minha atenção.
Apenas
o silencio da noite e a solidão.
Não
há barulho na rua, apenas da chuva e do trovão.
Estou
aqui plantado no chão.
Tentando
olhar a imensidão.
Mas
o céu escuro não vejo nada em qualquer direção.
Parece
que estou parado, estacionado sem reflexão.
Talvez
estas palavras não chame a sua atenção.
Quem
sabe não seria essa a minha intenção.
Somente
dizer o que sinto no coração.
Talvez
um dia isso vire uma canção.
Isso
não passa de ilusão.
O
dinheiro em si é um mal da nação.
Quando
tem muito falta administração.
Quando
não tem é uma decepção.
Como
queria muito fazer uma declaração.
Mas
não tenho dicção.
Queria
muito escrever com emoção.
Mas
não tenho muito estudo nem formação.
Queria
falar das coisas lindas do amor e do coração.
Mas
não tenho tanta informação.
Nesse
momento preciso de uma decisão.
Se
paro por aqui ou tomo outra direção.
Porque
não existe tantas palavras assim com essa terminação.
Deixo
aqui o meu pedido de perdão.
E
obrigado pela sua atenção.
Não
me sinto mais sozinho nem na escuridão.
Acredito
que não estou mais na solidão.
Porque
tenho amigos aqui e até no Japão.
Um
abraço e um beijo no coração.
(Claudio
Alves de Oliveira)
Só
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