segunda-feira, 23 de setembro de 2019

UM LAMENTO


Um lamento

Ó sorte sórdida de quem rejeitou os amigos, desprezou as amizades.
A indigna atitude de quem humilhou, só quis ser compreendido.
Optou por odiar, a vil ingratidão fez parte do seu pensar.
Nas decisões que surgiram no seu caminhar, que poderia mudar.
Sua forma de agir e de pensar, desprezou.
Antes do patamar de antipatia e inimizade, preferiu ficar.
Nas inúmeras oportunidades que teve para que perdoasse.
Do mundo estranho em que vive não abriste mão.
Ninguém pediu a tua riqueza, nem os teus tesouros.
Jamais cobiçaram o teu dinheiro.
Mas queriam o teu sorriso, o teu abraço.
Ouvir a tua voz, conversar ou desabafar.
Na tua posição, o teu status social.
Dificultaram a aproximação, em outras palavras.
Não quis descer assim tão baixo.
Conversar com alguém tão simples e humilde.
Talvez confundiste o que significa riquezas.
O que é realmente alguém afortunado.
Do que se trata alguém tão milionário.
Lembre-se de que alguém muito pobre no passado.
Enriqueceu a muitos, sabe um tesouro bem guardado.
Que nem tirando suas vidas era possível roubar.
Alguém a mando de um soberano foi até certo lugar.
Como missão destruir com todos os sonhos de um povo.
Munido de carta branca, o que fizesse seria aceito.
Não importava do que se tratasse, tortura, morte.
Mas este jovem se deparou com uma enorme dificuldade.
Muitos iguais a ele estavam envolvidos.
Ele não quis por a mão nos cidadãos Romanos.
E mandou presos para Roma.
Mas aos demais ele viu uma força muito grande.
Que não se tratava da brutalidade, muito pelo contrário.
Não tinha resistência, e em sua brutalidade.
Não ouvia reclamações nem gemido.
Era como se eles agradecessem por estarem sofrendo.
Se tirassem os seus pertences, os seus bens.
A sua riqueza, os seus tesouros, o que possuíam.
Nada os atingia, nem o seu ódio.
Então no seu relatório ao imperador.
Ele confessa que aquela força era indestrutível.
Não estava no físico, nem na matéria.
Não era no exterior, mas no interior, inacessível.
A maior riqueza que temos é na nossa alma.
O resto tudo se acaba, tudo se finda, até nosso corpo.
Mas a verdadeira riqueza, a fortuna de alguém.
Está na alma cheia de paz, de amor e gratidão.
Lá a arma de fogo não chega, a bomba não afeta.
A espada não tem poder nenhum.
Muitos desses que desprezaste com certeza te perdoou.
Muitos desses a que fizeste mal, verás que não guardaram rancor.
Aqueles que em teus negócios deixaste-os tão mal.
Nenhum deles quer vingança.
A maioria só quer a tua presença a tua atenção.
Só quer que os ouçam, que os deixe falarem.
Alguns só almejam o teu sorriso.
Talvez agora você se sinta abandonado.
Mas ninguém te abandonou.
Suas atitudes afastaram as pessoas, os amigos.
Até familiares e parentes.
As palavras pesadas, comentários e duras críticas.
Talvez tenha se esquecido do que colhemos.
É exatamente aquilo que semeamos.
Mas o tempo pode ser hoje e agora.
De mudar tudo isso, volte a ser feliz.
É tão simples, não precisa investimentos.
Nem grandes montantes, apenas atitudes.
Abrace aqueles que sempre o esperaram.
Sorria para aqueles que sempre sorriram para você.
Se aproxime daqueles que sempre almejaram por tua presença.
Não vai sair um centavo da sua fortuna.
Com certeza descobrirá uma outra riqueza.
Pelas suas atitudes não a conhecia.
Mesmo que negue isso é indiscutível.
Conhecemos a árvore pelos seus frutos.
É apenas uma reflexão, mas é de coração.
São apenas palavras nenhuma imposição.
Um elogio tem como efeito um sorriso.
Já a crítica causa a reprovação.
Escolha elogiar, do que criticar.
Prefira amar do que odiar.
Escolha viver do que padecer.

Um lamento
(Claudio Alves de Oliveira) 

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