500.º QUINGENTÉSIMO

500.º QUINGENTÉSIMO

Sem sonhos nada podemos realizar.

Sem metas nada vamos alcançar.

Sem foco nada vamos conquistar.

Andar a esmo nos deixa sem ter o que almejar.

Tentar se justificar no passado é incoerente.

Assumir os erros e falhas é decente.

Se responsabilizar por erros alheios é inconveniente.

Voltar atrás e reconhecer é viver dignamente.

Difundir a mentira é algo tenebroso.

Acusar sem provas é muito presunçoso.

Odiar sem causa é ser inescrupuloso.

Mas, viver na sinceridade é honroso.

Depois de semear o ódio não espere ceifar o amor.

A paz é ausente num coração cheio de rancor.

O caráter é omisso num ser escarnecedor.

No mentiroso é impossível encontrar pudor.

No corrupto a honestidade é ausente.

Ao avaliar o caráter de alguém sejamos prudente.

Jamais deixamos de ser coerente.

Muito menos nos tornar um delinquente.

Nossa vida é uma guerra diária.

Tem momentos que somos alvos de zombaria.

Mas tem dias que temos grande alegria.

E assim lutamos conforme a circunstância.

E nas batalhas, sem tréguas não tem descanso.

Se nos entreguemos, não temos sucesso.

Se desistirmos estamos assumindo nosso fracasso.

Nesse aspecto não podemos deixar de ser ambicioso.

Nossa opinião muda conforme a revelação.

Ainda temos tempo para aprender, a correção.

Por isso a certeza, tem que vir antes da decisão.

Antes de dar o próximo passo, sinta o chão.

Um julgamento errado, nos leva a contradição.

Uma aliança apressada a transgressão.

As incertezas têm como consequência a dissenção.

A presunção nos trará como retorno a decepção.

Certas coisas não mudam, são tradição.

Assim como o cantor precisa da canção.

O poeta e o escritor necessita da inspiração.

E o cinema que vive da ficção.

As crianças que passam pela transformação.

São lapidadas pela educação.

E um dia escolhe sua profissão.

Depois vem a maturidade e a consolidação.

Assim como o dia precisa do sol e sua essência.

E a noite necessita da lua e sua referência.

E a terra da natureza e sua eficacia.

O ar e o vento da transparência.

Eu e você, escrevemos nossa história.

Passamos pelo mundo numa trajetória.

Depois que daqui se formos, acabou a existência.

Talvez ainda sejamos presentes como uma ideia.

Ou deixamos um legado.

Ou um vazio.

(Claudio Alves de Oliveira)

500.º quingentésimo