A longa jornada em busca da inspiração
Raízes
A busca incessante por uma explicação.
Um esclarecimento, alguma palavra que nos comova.
Algo que cause espanto e cause admiração.
Munidos de paciência o pensador inicia sua busca.
Nos livros, com muito cuidado.
Copiar uma ideia não é muito inspirador.
O plágio é algo que devemos evitar.
Mas, a partir de um ponto de vista, isso sim.
Daquela ideia nasce, ou surge outra perspectiva.
Isso é louvável, gratificante até para o autor.
É como se uma trilha que já foi explorada.
Alguém descobrisse um novo caminho ainda desconhecido.
Muitos passaram por aquele caminho.
Mas ninguém percebeu que existia algo ali.
Talvez seja isso que o pensador precisa.
Necessita para sua busca incessante.
Ou simplesmente seja o ponto de partida.
Para que seu discurso seja inspirador.
O pensador precisa se sentir motivado.
Se deixar levar pela imaginação.
Criar imagens em sua mente de lugares inexistentes.
Modificar a natureza em seus aspectos.
Fazer com que no inóspito deserto.
Borboletas, aves, sobrevoem as flores e a relva.
Que crescem em cima da areia.
Regados por um rio que corre entre as pedras.
O pensador encontra nessa paisagem a resiliência.
Se imagina vivendo ali, com o calor intenso.
Quase que impossível para o ser humano.
Mas o pensador se depara com os nômades.
Que se adaptaram ao lugar inóspito.
Mas uma pessoa normal nesse lugar será derrotada.
O deserto de certa forma é traiçoeiro.
Não tem hospitalidade, não oferece recursos.
Não serve água, nem sombra, apenas o sol.
E atrai o seus visitantes com as miragens.
Os fazem andar em círculos os tentando prender.
Dentro dos seus termos, escondendo o horizonte.
Deixando a paisagem em todas direções iguais.
As dunas quase todas na mesma proporção.
Confundem aqueles visitantes indesejáveis.
Alguns se afeiçoam ao deserto, demonstram amor.
Em troca ele oferece um oásis.
Água fresca, sombra e até frutos.
Um paraíso cercado de areia.
O pensador fica atônito porque não era imaginação.
Aquele lugar, com água, plantas aves e borboletas.
No meio do deserto é real.
Na sua imaginação também encontrou alguma coisa admirável.
O oásis não é só recursos naturais, é um paraíso.
Ficaria ali por horas e horas.
Renderia muitas reflexões.
Olhando as palmeiras tão verde.
Não conseguimos enxergar o quão fundo suas raízes estão.
Sua sobrevivência depende dessa capacidade.
Assim como as Pratófitas com sua resiliência.
Capazes de alcançar os lençóis freático.
Com sua raízes, isso chama atenção.
Porque nós também nos dias atuais.
Temos que ser iguais, manter nossas raízes.
Aprofundadas na ética, no caráter.
Princípios e valores, para que nada nos abale.
Seja a tempestade de areia ou o sol escaldante.
As temperaturas extremas, calor e o frio das noites.
O pensador deixa a paisagem que imaginou.
A busca não pode deixar de existir.
Nada pode parar o pensador, é insistente.
Não se cansa na sua longa jornada.
A natureza é fascinante e ofusca o entendimento.
Deixa os pensadores perplexos.
Porque uma planta que cresce na pedra, na calçada.
Nos deixa sem entender, a resposta sempre é a raiz.
Como o iceberg só enxergamos o que está aparente.
O que está oculto não conseguimos ver.
As raízes é a resposta para essas questões.
O pensador faz uma viagem ao passado.
Nas comparações feitas com a raízes das plantas.
Muitos povos no passado sofreram e muitos pereceram.
Os primeiros cristãos eram como plantas do deserto.
Raízes bem profundas, no Evangelho de CRISTO JESUS.
Por tudo oque enfrentariam naqueles dias.
Era preciso que assim fosse.
Diante da maior atrocidade ou flagelo.
Que um ser humano poderia enfrentar.
Não poderia negar as suas raízes.
Diante da multidão eram convidados.
A renegar a sua fé, o seu Mestre.
Em troca disso uma morte mais digna talvez.
Muitos desses primitivos estavam preparados.
Foram motivados e estavam blindados.
Tinham plena convicção que não terminaria ali.
As arenas romanas não os separariam do seu Mestre.
Também tinham a certeza que sua carreira terminava ali.
Embora a dor fosse insuportável.
Seus corpos esmigalhados e dilacerados.
Porém suas raízes aprofundados na Evangelho de CRISTO.
Cheios de fé e de esperança.
Encararam seus últimos momentos no mundo.
Em suas raízes havia algo surpreendente.
Onde o homem, o inimigo ou até mesmo a hoste da maldade.
Não poderiam tocar, estava no oculto.
Existia nas suas raízes uma ligação com DEUS.
E que nada os poderiam separar do amor de DEUS.
Fosse desse mundo ou do espiritual.
Nem altura, nem profundidade nem a vida.
Nem a própria morte poderia romper essa ligação.
Nem mesmo diante de um leão faminto.
Pronto para os despedaçar, não recuaram.
Nem mesmo a fogueira que o transformariam e tochas humanas.
Cavalos amarrados em direções contrárias.
Seriam assustados e partiriam a galope.
Levando os pedaços daquele Cristão.
Que não negou suas raízes.
O pensador depois de refletir em tudo.
Visitou apenas três lugares na sua busca.
A trilha oculta, o deserto e o passado.
O detalhe e observação para encontrar o oculto.
A resiliência e resistência no deserto.
E a convicção, a fé e esperança dos primitivos.
Capaz de enfrentar qualquer coisa.
Raízes profunda, firmada, resistente.
Uma planta sem raiz, não sobrevive.
Assim um ser humano sem raízes.
Se torna controlado por quem quer que seja.
Autor:
(Claudio Alves de Oliveira)
A longa jornada em busca da inspiração
Raízes
2 comentários:
Nesse texto você se supera ao citar que lugares já muito visitados, podem ser motivo de novas experiências e novos comentários que ainda não haviam sido realizados. Isso é o sal da terra. Seguindo pelo mesmo mundo mas emitindo novas luzes. Parabéns!
Lindas palavras gratidão por tudo, pela atenção, por participar, pelas palavras profunda, Deus abençoe imensamente.
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