quarta-feira, 20 de agosto de 2025

GRANDES DIFERENÇAS


 

As diferenças são distintas e considere-se bem distantes, enormes, não tem comparação, neste vídeo ou texto, convido você a se colocar no meio dessas comparações e depois faça assim como eu, se avalie. São poucas palavras nesse poema, mas são profundas, precisa as vezes interpretar, comparar, é para isso que serve uma reflexão muitas das vezes, não só o que está escrito, visível, o que está entre linhas, é o que faz toda a diferença.

Espere que goste, e por favor, me ajude peço encarecidamente, compartilhe, comente, de o seu like, isso me ajuda muito.

*Repostagem de textos antigos com interação de vídeo, pode ser assistido aqui mesmo ou no Youtube.*


GRANDES DIFERENÇAS


O homem só consegue ver as ações.

Mas DEUS enxerga o intento do coração.

O homem conjectura pelo que lhe dizem.

Mas DEUS conhece os pensamentos do homem.

domingo, 17 de agosto de 2025

MEMÓRIAS DO CÁRCERE





MEMÓRIAS DO CÁRCERE

(Sansão)


Não podia mais enxergar, e ali no cárcere se perguntava.

Como tudo aquilo foi possível.

Aquele era o seu lugar agora, talvez seus últimos momentos.

Seriam ali vividos em meio a sua dor e seu lamento.

Em seu maior remorso, dentro de si sua alma estava em agonia.

O arrependimento por ter se deixado enganar-se.

Não existiam culpados a não ser, ele, tão somente ele.

Como se justificar em cima das suas ações.

Ou melhor, as consequências daqueles atos errôneos.

E naquela espécie de masmorra o inimigo o fazia movimentar o moinho.

Os grilhões nos seus pés o separavam da liberdade.

Foram 20 anos de vitória e glórias.

Foram dias inesquecíveis e exuberantes.

Assistiu muito homens fugirem dele com medo.

Sua força e dominação incapacitavam os adversários.



Não poderia ser diferente o tratamento que recebeu.

Olho por olho e dente por dente.

Tinha certeza que não sairia mais dali com vida.

Mas com tudo o mal a sua volta, ou em si próprio.

Ainda pairava sobre sua consciência.

A sua missão, e seus pensamentos voltavam ao passado.

A imagem dos seus pais, principalmente sua mãe.

Que o educava acerca da sua preparação.

Você é diferente, seu cabelo não pode ser cortado.

Sua boca não pode provar bebida, você foi escolhido.

Tem uma missão muito importante na sua vida.

Precisa libertar o seu povo da escravidão.

Foi um anjo que anunciou tudo isso.

Quantas recordações e lembranças inundavam sua mente.

Afogavam o seu ser, queria ver a sua volta.

Era completa escuridão, seus olhos foram arrancados.

O inimigo o odiava muito e o fez pagar.

Por todo ato, por batalha, pelas perdas e danos.

Por todas as frustrações que ele os fez passar.

Pelos soldados que foram mortos em combate.

O mais temido dos seus inimigos, apenas um homem.

Que agora estavam em suas mãos, era dia de festa.

Homenagens ao deus deles e ele podia sentir e ouvir.

A grande celebração que estava acontecendo.

Que praticamente imobilizou quase toda aquela nação.

Que era inimiga do seu povo e o foco da sua missão.

Não era possível que o deus Dagom era vitorioso.

Não depois de tudo o que havia acontecido.

As batalhas que saiu vencedor de todas.

Lembrou do dia que estava com sede, e clamou por água.

A queixada do jumento que tinha usado como arma.

Se fendeu e saiu água sua voz foi ouvida pelos Céus.

E esse sentimento começou a tomar conta da sua alma.

Nem percebeu que seu cabelo começava a crescer muito rápido.

Foi convocado para alegrar a festa dos filisteus.

Alguém o ajudou a chegar o local designado.

O templo tinha duas colunas que o sustentava.



Já não se importava mais com a zombaria.

Com as coisas que seus inimigos pediam que fizesse.

Seus pensamentos estavam bem longe dali.

Parecia ouvir sua mãe falando do anjo.

Os momentos que fora vencedor.

Relutando em seus pensamentos concluiu.

Fui eu quem perdi essa batalha.

Eles não venceram apenas deixei ser derrotado.

A sua mente o exaltava, o elevava mais alto.

Há um patamar mais elevado, entender aquela situação.

Um dos homens mais forte que existiu na terra.

Não se tratava de um gigante, com armaduras.

Mas toda as vezes que estava na batalha.

Sentia uma força o tomar, alguma coisa bem diferente.

Era tomada por uma energia incomum.

Enquanto apalpava as colunas do templo.

Os seus sentimentos mais profundos se voltaram para os céus.

E clamou com toda a sua alma.



Pediu vingança pelos seus olhos que foram arrancados.

E entendeu que tudo aquilo fora de propósito.

E de repente sentiu que a sua força voltou.

Passou a mão na cabeça e sentiu seus cabelos de volta.

E algo parecido com implosão de um edifício, aconteceu.

O templo do deus Dagom sucumbiu.

Ali estavam os homens mais poderosos dos filisteus.

Príncipes, comandantes e soldados, religiosos.

Nenhum deles escapou, foram soterrados pelos escombros.

Num único dia morreu mais inimigos de Sansão.

Do que em todo seu tempo de vida, ou de juiz em Israel.

Realmente ele não perdeu nenhuma batalha.

Em sua última peleja, cumpriu sua missão.

Embora tenha te custado a vida.

Mas o seu povo estava liberto da escravidão.

A sua força nunca esteve no cabelo.

Mas na obediência a DEUS.


Autor:

(Claudio Alves de Oliveira)

Memórias do cárcere

 

sábado, 16 de agosto de 2025

JUNTO AO RIO (LAMENTAÇÃO)





 

JUNTO AO RIO

LAMENTAÇÃO


Fomos levados da nossa moradia, sequestrados.

Destruíram a nossa habitação, o nosso lar.

Queimaram os muros da cidade, e tudo foi saqueado.

Nossos pertences, nossa riqueza, e muitas vidas perdidas.

E fomos levados para um lugar distante.

Um reino diferente, costumes e hábitos distintos.

Nossa liberdade foi arrancada de nós.

Fomos escravizados naquele reino.

Nossa cidade, o nosso templo, tudo foi destruído.

E agora estávamos distante de tudo.

Nossa alegria e nossa felicidade nos foram tiradas.

Levaram o nosso júbilo e o nosso resplendor.

A nossa identidade foi trocada, agora somos escravos.



E tudo o que nos restava era chorar e lamentar.

Ali não era o nosso lugar.

Aqui não é o nosso lar.

Esta não é a nossa vida.

Essa não é a nossa pátria.

Esse não é o nosso país.

Esse não é o nosso rei.

Nem esses são dignos da nossa devoção.

Nem esse objetos serve para adoração.

Nem essa música são as que nos alegram.

Todo esse lugar só nos emana tristeza.

Toda essa terra só enfatiza nosso amargor.

As belas paisagens só ativa as boas lembranças.

E tudo o que temos são lágrimas.

Saudades que nos fere e nos machuca.

A opressão nos transformou num povo amargoso.

Perdemos a esperança, deixamos de acreditar.

E naqueles rios nos sentavam-nos e lamentava-nos.

Nossos instrumentos ficavam pendurados.

Perdemos tudo, até o desejo de louvar.

A força de cantar e a alegria de tocar.

Não existia nenhuma razão e nenhum motivo.

Para que se alegrássemos sentados na beira do rio.

Nossa tristeza até comoveu os nossos opressores.

Que nos diziam para que tocássemos.

Queremos ouvir as suas melodias.

Conhecer um pouco da sua cultura, sua música.

Nos alegrem entoando um dos seus cânticos.

Cantem suas músicas para os nossos ouvidos.

Para que a nossa alma se alegre.

Mas aquelas pessoas não sentiam a nossa dor.

Eles não entendiam a nossa tristeza.

Não conseguiam ver a nossa alma dilacerada.

Nem compreendiam que música e tristeza não combinam.

Porque se tocássemos ali naquele lugar.

Só aumentaria nossa dor e amargura.

Aquele pedido estava além de um gesto.

Percebemos que queriam nos fazer esquecer.

Apagar da nossa memória a nossa terra.

Nos fazer tentar esquecer do nosso lar.

Dos momentos da nossa glória.

Do nosso auge e das nossas vitórias.

Como podíamos esquecer da nossa cidade.

Que a nossa língua se una ao paladar.

Se não confessar a nossa maior alegria.

Era de estar no nosso país, nossa cidade.

Dentro dos muros, nos palácios e no templo.

Ouvir os Salmistas, ouvir as canções.

Cantar um dos cânticos de Sião.

Olhar para o Céu com as mãos levantadas.

E Glorificar ao que VIVE para sempre.

Se isso não era felicidade, os oceanos secaram.

As lembranças do dia da assolação.

Eram tão fortes em nossos pensamentos.

Em nossas conversas em nossas lamentações.

Aquelas vozes ainda parecia tão sufocante.

Destruam tudo, queimem os seus muros.”

Até os seus alicerces, acabem com tudo.”

Eram palavras de destruição que não esquecemos.

Que pareciam nos assombrar naquele lugar estranho.

Só não conseguíamos ver a diferença de justiça e vingança.

Queríamos que pagassem da mesma forma.

Que fossem assolados do mesmo jeito.

Que fizessem com seus filhos o que fizeram aos nossos.

As nossas harpas penduradas nos salgueiros.

E nossas lágrimas que pareciam aumentar.

O volume de água dos rios de Babilônia.

O nosso lamento não foi ouvido.

Nem nossas preces foram atendidas.

Durante muito tempo.

Fomos deixados ali, e esquecidos.

Precisamos voltar, ali não era o nosso lugar.

Somos um povo livre, não cativos.

O cativeiro não nos serve.

Tudo o que precisávamos e de um novo recomeço.

Uma chance, uma oportunidade de voltar e recomeçar.

Reconstruir nossas vidas e o nosso lar.

Ter a nossa liberdade de volta.

Nossos sonhos são levados pela correnteza do rio.

Que não para, não entende o nosso sofrimento.

Não compreende a nossa dor.

Nem a saudade que nos mata aos poucos.

E ali ficamos sentados olhando o seu fluxo.

O sol brilhando nas suas pequenas ondulações.

Observar aquelas águas é o que tínhamos de precioso.

Parecia acender a chama da esperança.

(Claudio Alves de Oliveira)

Junto ao rio

Lamentação


  • Eventos ocorridos neste período

    Início do cativeiro 586 a.C.

    Nabucodonosor II destruiu Jerusalém e o Templo, marcando o fim do Reino de Judá e o início do período do exílio na Babilônia. 

    Fim do Cativeiro (538/537 a.C.):

  • Ciro, o rei persa, conquistou a Babilônia e, através de um decreto, permitiu que os judeus retornassem à sua terra e reconstruíssem o Templo. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

SIPLESMENTE HUMANOS


 

Um relato que vai além do que imaginamos, confira nesse vídeo, ou nessas palavras o quanto somos iguais, humanos, e frágeis, ou muito forte em certas ocasiões, uma mensagem simples e singela, e bem rápida, que ressalta a nossa decisão, ou o livre arbítrio, somos nós que decidimos. Se gostou do conteúdo, curta, comente e compartilha, se for possível se inscreva no canal.


*Repostagem de textos antigos com interação de vídeo, pode ser assistido aqui mesmo ou no youtube.*


SIMPLESMENTE HUMANOS


Perguntamos quem somos, de onde viemos.

O que fazemos nesse planeta.

Qual a razão dessa passagem por aqui.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

ENTENDA


 


Neste vídeo, explore uma profunda reflexão sobre compreensão, tolerância e a complexidade das relações humanas. Será que realmente esperamos ser compreendidos ou apenas tolerados? O autor nos convida a entender que a verdadeira perfeição está em semear compreensão, mesmo que não sejamos compreendidos em troca. Descubra como atitudes simples como um “como vai?” sincero podem emocionar e transformar nosso dia. Uma mensagem poderosa sobre empatia, perdão e a importância de entender a nós mesmos para melhor lidar com o outro. Não perca essa reflexão que vai mexer com o seu coração! Curtiu? Compartilhe com quem precisa dessa mensagem!

*Repostagem de textos antigos com a interação de vídeo, aqui coloquei duas versões aproveitando as imagens geradas, pode ser assistido aqui mesmo ou no youtube.*

ENTENDA


Um dos nossos maiores equívocos é esperar que alguém vá nos compreender, tem casos que as pessoas acabam se expressando até em redes sociais esperando por algo assim, ser compreendido, eu entro na conversa e sempre digo isso “bem-vindo ao planeta terra”.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

UM SIMPLES CORVO





 

UM SIMPLES CORVO


Antes de mais nada deixe me apresentar.

Meu bando, meus amigos, nós somos corvos.

Tivemos uma missão muito importante na terra.

Tivemos que mudar, nossos hábitos e costumes.

Mas de uma coisa eu sei, foi gratificante demais.

Imagine você vivendo a sua vida simples.

Todos os dias é a mesma coisas, elas parecem se repetir.

Um dia então aparece, algo diferente para realizar.

Algo considerável para fazer fora da sua rotina.

Com certeza isso nos torna reconhecidos.

Um tipo de ação que nos marca para sempre.

E assim aconteceu comigo e meus amigos.

Um dia enquanto batíamos as asas, e voávamos sem rumo.

Com o meu bando, meus amigos, algo rotineiro.

Recebemos a missão, fomos instruído para uma tarefa.

Não era nada impossível, mas para um pássaro era diferente.

Se observar a natureza, as aves não mudam seus hábitos.



Nada vai acontecer além daquilo que é normal, rotineiro.

Nada vai além do habitual, mas conosco foi diferente.

Eu e meu bando, fomos designados durante alguns dias.

Durante as manhãs e a noite.

Tínhamos que levar pão e carne para um homem.

Que estava vivendo num riacho no deserto.

Aquele homem precisava se esconder dos seus inimigos.

E a pedido de DEUS foi viver ali.

Nossa missão era simples, encontrar pão e carne.

Uma quantidade para alimentar somente uma pessoa.

Nosso bando era grande, e dividíamos as tarefas.

Cada um de nós saia focado em algo.

Caravanas, cidades com mercado.

E dessa forma providenciávamos a comida.

Precisávamos todos os dias, o alimentar.

E ouvíamos sempre dele, palavras de gratidão.

Conseguíamos ouvir dele: “vocês voltaram”.

Foi no primeiro dia da nossa missão.

Quando chegamos no riacho já a noite.

Assim por dias o fizemos, com perfeição.

Era um tempo que não chovia, e o ribeiro ia secando aos poucos.

Até que um dia não existia mais água.

Com o ribeiro seco aquele homem se foi.

E a nossa missão também cessou.

Acabou os nossos voos até o deserto.

Voltamos a normalidade da nossa vida.

Mas a nossa história ganhou umas linhas nas Sagradas Escrituras.

Esse é apenas um relato a respeito de nós, os corvos.

Verá que somos mencionado muitas vezes.

Noé, assim que a arca não flutuava mais.

Soltou um corvo que logo voltou.

Não encontrou onde pousar.

A nossa autonomia de voo e menor que a dos pombos.

No máximo 160 km em um dia, o pombo muito mais que isso.

Agora no quesito inteligência, somos mais apurados.

Estamos a disposição Daquele que nos formou.

Como foi no dia do profeta que viveu naquele ribeiro.

O SENHOR DEUS nos deu aquela missão.

E a realizamos com perfeição.

Nós não plantamos, nem semeamos, não temos celeiros.

Não temos dispensas, não construímos nada.

DEUS nos alimenta, cuida de nós.

O nosso zelo, a nossa gratidão é grande.

Somos cuidados por DEUS.

Não é só nos, os corvos, a natureza em si.

Cada espécie na sua designação.

Quando o SENHOR JESUS ensinava seus discípulos.

Nos mencionou conforme acima, mas também falou do lírios.

Que não teciam, que não trabalham.

Mas nem o mais poderosos reis conseguiram se vestirem como eles.

Também DEUS os sustenta.

DEUS não abandona aqueles que o ama.

Cria meios, caminhos e oportunidades.

Se usa daquilo que está na natureza.

Da chuva ou do sol e das marés.

Nesse relato ressaltamos a nossa missão.

Alimentar um ser humano, que era considerado por DEUS.

Que não permitiu que passasse fome.

Colocou em nossos corações a vontade e o desejo de ajudar.

Nos mostrou onde o profeta estava.

Nos conduziu também na nossa jornada diária.

Somos cuidados por DEUS todos os dias.

Já os homens, os seres humanos são momentos mais específicos.

Nossos feitos estão na história.

(Claudio Alves de Oliveira)

Um simples corvo

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

EU FALEI





 

EU FALEI


Deixe me apresentar primeiro, depois eu falo do que vi.

Desde já posso adiantar que a minha história, é grandiosa.

O privilégio que tive, talvez nunca tenha acontecido.

Eu sou um ser único nesse quesito, uma sorte única.

Sou da família equidae, Reino Animália, Filo Chordata.
Classe Mammalia, Ordem Perissodactyla, Gênero Equus.

Bem complicado, veja como sou importante.

Vamos resumir tudo isso, sou apenas uma jumentinha.

Mas, pasmem nenhum animal na terra passou o que passei.

Viu o que eu vi, e agora vocês vão se espantar mesmo.

Falou o que eu falei, abri o meu coração mesmo.

Eu falei, coloquei pra fora meus sentimentos.

Para entender a minha história, precisa voltar no tempo.

Entender o que acontecia naquele momento.

Vou te dar um número aproximado, 1450 a.C.

Faz um tempinho já, mais a frente eu conto uns segredos.

Por enquanto, vamos aos fatos.

A minha família, são considerados animais de carga.

Pela nossa força e adaptação a qualquer tipo de clima.

Nossos serviços prestados aos homens se baseia em transportes.

Durante a antiguidade fomos a logística primitiva.

Chega de apresentações, foi servi a um homem, um profeta.

O transportei para muito lugares, carreguei suas bagagens.

Afinal de contas, essa era a minha função.

Para esse fim o CRIADOR me formou, desde o início do mundo.

A situação era o seguinte, um povo que foi escravizado.

Ficaram livres e caminhavam em direção a sua terra.

Mas os outros povos não aceitavam isso e tentavam impedir.

E isso era a todo custo mesmo, inimigos se uniam.

Para impedir aquele povo de passar.

Só queriam passar por alguns territórios, mas eram impedidos.

Aquilo era uma afronta, e a maioria dos povos declaravam guerra.

Não permitiam a passagem daqueles escravos do Egito.

Mas, tudo tem um porque, sobre aquele povo tinha uma promessa.

A terra que eles estavam a procura, fazia parte dessa promessa.

E eles estavam determinados, e prontos para a guerra.

Uma descrição bem por cima mesmo dos fatos daquele tempo.

Então entramos nessa história, ou nesses fatos.

Um certo rei observou esse povo acampado nas campinas de Moabe.

E se perguntava como chegaram até ali, e as informações não eram boas.

Todos os que ficaram no caminho deles foram destruídos.

Então meditando chegou a conclusão que um confronto não seria ideal.

Mas uma maldição, algo sobrenatural, isso deveria impedir aquele povo de prosseguir.

Aquele rei imaginou a sua fama, como se fortaleceria diante das nações.

Como o rei que impediu o ímpeto daquele povo.

Já te disse que meu dono era profeta, pois é.

Aquele rei mandou mensageiros para falar com ele.



Para que lançasse uma maldição sobre aquele povo.

Vi eles com uns trocados na mão, era o pagamento.

Mas parece que DEUS não concordou com isso.

Até esse momento não podia compreender, então deduzi.

Aquele rei mandou mais pessoas e essas bem importante.

Meu dono o profeta pediu que ficassem, precisava falar com DEUS.

Se ausentou durante a noite e pela manhã.

Entendi que ele mudou de ideia, me confidenciou, vamos partir.

Preparou-me, e saímos com aqueles honrados homens.

A partir daqui, ocorre os fatos de que falei no começo.

Numa parte do caminho vi algo extraordinário.

Poucos humanos teve esse momento, que tive.

Ou foram capazes de ver o que eu vi.

Um ser espetacular, diferente de tudo com uma espada na mão.

Impedia a nossa passagem, tive que mudar o caminho.



Meu dono me espancou por isso, e me fez voltar.

Mas aquele ser não tinha ido embora.

Se fechou novamente o caminho e eu temi.

Me encostei na parede de pedra com medo.

E acabei prendendo o pé do profeta, que novamente me espancou.

Mais adiante em um lugar estreito vi novamente aquele ser.

Que de certa maneira me acenou para que não prosseguisse.

Então deitei no chão com medo e o profeta mais uma vez me agrediu.

Então algo sobrenatural, inexplicável aconteceu.

Eu falei.

Não, não foi a zurra, nada disso.

Eu uma jumentinha falei com voz humana.

Minha boca se abriu e o profeta entendeu.

Naquele dia eu abri o meu coração, falei do meus sentimentos.

Que foi que eu te fiz, para me espancar três vezes”.

Desde o dia que me possuiu, tudo o que fiz foi te servir.

Fiz tudo o que eu poderia fazer por ti.

Nas tuas caminhadas onde quer que fosse, te carreguei.

Fui fiel a você toda a minha vida é dessa forma que retribui.

É isso o que mereço de você, depois de todos esses anos.

O profeta se justificou dizendo que eu tinha zombado dele.

E que se tivesse uma espada até me mataria.

Eu retruquei: é meu costume fazer assim?

Ele respondeu que não.

Eu imaginava que ele também tinha visto o que eu vi.

Então entendi no seu espanto quando viu o anjo.

Que somente eu tinha observado o anjo com a espada.

Eu ainda podia compreender aquela linguagem humana.

O anjo falava para o profeta, e apontava para mim.

Se a tua jumenta não tivesse desviado o caminho você teria perdido a vida.

Em outras palavras, aquele homem me devia a vida.

Ainda sem entender o que estava acontecendo.

Eu, uma jumentinha falando com um humano.

Vi um anjo dos Céus, e entendia toda aquela conversa.

DEUS tinha percebido alguma coisa no coração do profeta.

Sei lá, talvez estivesse pensando na riqueza.

Afinal era só ele amaldiçoar o povo que estava nas campinas.

Meu dono confessou que tinha errado.

E que dali em diante seguiria a risca as determinações.

Então aquele ser de luz com a espada desapareceu.

Da mesma forma que surgiu naquele caminho, se foi.

Como num piscar de olhos.

Se minha história fosse contada de boca a boca.

Talvez ninguém acreditaria.

Mas DEUS, o teu CRIADOR e o meu.

Reservou nos livros um espaço para a minha história.

Nos livros dos justos, no Torá.

E nas Sagradas Escrituras.

Os homens na sua maioria ainda não entendeu.

Que nos animais de todas as espécies.

Temos sentimentos, temos o amor.

O amor não é instinto, é uma dádiva.

Fomos impedidos de falar com as pessoas.

Mas, nós demonstramos isso com nossa linguagem.

Com sinais, com atitudes.

Aqui na terra aconteceu uma única vez.

De um animal falar, já no Éden era diferente.

Como prova disso, quinze espécies de aves, conseguem falar.

Alguns vão dizer que elas somente imitam.

Os humanos aprendem a falar da mesma forma.

(Claudio Alves de Oliveira)

Eu falei