Serpente ardentes
Depois de tudo quanto viram ainda o povo de Israel não estava
convicto da sua vitória, a terra prometida ainda estava longe, de alcançarem
não pela distância, mas pelos seus corações incrédulos, sua falta de fé e
crença, por isso demorou quarenta anos aquela jornada, era o povo sendo
testado. Depois de guerrearem contra os cananeus e os vencerem algo muito
estranho está por acontecer, uma parte de difícil interpretação.
Israel partiu do monte Hor pelo caminho do Mar Vermelho, e o
povo angustiou-se muito: E o povo falou contra Deus e contra Moisés:
Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois
aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil.
Números 21:5
Esse pão tão vil, era o maná que todos os dias o SENHOR DEUS
fazia cair do céu, para os alimentar, esse foi um grande erro, um erro
gravíssimo. Então o Senhor mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o
povo; e morreu muita gente em Israel. Números 21:6
Não eram cobras, serpentes normais, está escrito que eram
ardentes, talvez por causa da sua cor e do seu veneno, esse era o preço do
pecado a morte, muitos morreram naquele dia, os Israelitas viram seus amigos
ali morrerem, e chegaram ao consentimento, de que haviam errado, haviam pecado
e foram até Moisés para que orasse a DEUS para tirar aquele mal do povo. E disse o Senhor a Moisés: Faze-te uma
serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo
sido picado, olhar para ela.
E Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia
que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de
metal, vivia.
Números 21:8,9
Simples assim, quem fosse picado pela serpente se
conseguisse olhar para a serpente de metal seria curado e não morreria. Os
católicos usam muito esta parte para justificarem o uso das imagens de seus
santos e deuses, vamos colocar algumas coisas depois tirem suas conclusões, bom
o povo tinha cometido o pecado e o salário do pecado é a morte, aquelas
serpentes foram permitidas por DEUS para atacarem aqueles que tinham pecado,
tinham desfeito do maná, realmente era um povo de dura cerviz que não obedecia,
não era submisso e precisava aprender na dor e no choro, e se não fosse por
Moisés DEUS já os teria abandonados há muito tempo, mas Moisés sempre lembrava
a DEUS da sua promessa da terra prometida, a terra que manava leite e mel, e
quando o SENHOR DEUS promete ELE cumpre, olhando então temos a impressão que o
que prendia o SENHOR DEUS era o que ELE prometerá, se ELE não tivesse jurado.
Se coloque só um pouquinho no lugar DELE, não com ousadia, mas para entendermos
como era estar diante de um povo que não te respeita e só reclama, nada está
bom, não dá para ficar nem um segundo, nós humanos não suportaria, nem nossos
parentes nós suportamos imagina uma grande multidão reclamando e desfazendo de
tudo. Não acho injusto largar todo mundo naquele deserto e dizer a eles se vira
daqui para frente, vão atrás de água, acabou as codornizes, acabou o maná, vai
se vira. O norte é para lá, o sul é por aqui, oeste é desse lado e o Leste esta
as suas costas, se quiserem eu abro de novo o mar e vocês voltam para o Egito,
lá serão felizes, vão se fartar de pão e carne junto das fogueiras. Mas,
diferente do que os críticos, os ateus dizem que o SENHOR DEUS não deveria ter
feito isso ou aquilo, um DEUS tribal é assim que eles dizem, um DEUS que mata,
o preço do pecado é a morte, isso é a escolha do ser humano, ele quis desta
forma, o livre arbítrio o SENHOR DEUS não vai interferir nas nossas escolhas,
se quiser pecar, peque, só não esqueça do preço a pagar pela sua escolha.
Mas o nosso DEUS, ETERNO DEUS é amor, é benigno, longânimo,
piedoso, perdoador e ama os humanos a sua criação, o homem que ELE com suas
mãos formou e depois soprou o folego de vida, creia ELE ama os humanos apesar
de tudo e suporta nossas fraquezas, desobediências, nossos pecados, nossos
deslizes, nossa fragilidade, e tenta nos mostrar os seus caminhos e quantas
vezes o ignoramos, como lá no Egito o SENHOR DEUS se encheu de compaixão por
aquele povo que era feito escravo, agora da mesma forma deu um escape ao povo,
e mandou Moisés fazer uma serpente de metal igual aquelas que estavam matando o
povo, e colando uma haste a levantou no meio do deserto, todo aquele que a
olha-se e que fora picado seria curado e viveria, é diferente do pensamento
Romano, aqui a ordem era para olhar somente, não tinha nada de adoração, e não
era todos somente os que tinham sido envenenados pelo pecado, eles tinham que
olhar para o seu próprio erro, reconhecer que errou, que pecou, aquilo
simbolizava seu erro.
Mas João escreve assim: E, como Moisés levantou a serpente no
deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; João 3:14.
Alguns a compara com o SENHOR JESUS, a serpente é um símbolo do mal, estamos
acostumados com isso, e então acontece isso, aquela serpente que Moisés
levantou no deserto representava CRISTO na cruz, sim, mas, num só momento,
quando ELE toma sobre si nossos pecados e nossas enfermidades, no entanto ELE
seria levantando muito alto, até os Céus. Naquele momento lá no calvário da cruz,
o SENHOR JESUS se sente abandonado e clama: E, à hora nona, Jesus exclamou
com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus
meu, Deus meu, por que me desamparaste?
Marcos 15:34
Nesse momento o
SENHOR JESUS sente a falta do SENHOR DEUS e clama por ELE, o sacrifício pelos
nossos pecados, porém ressuscitou triunfante e foi elevado não no deserto, mas
na glória de DEUS, e disse “Agora todo poder me é dado, tanto no céu como na
terra”, se podermos também avaliarmos assim, a serpente foi levantada no
deserto, na terra, mas o filho do DEUS ALTÍSSIMO foi elevado para os Céus dos
Céus e está a destra de DEUS PAI.
Claro essa é minha interpretação, naquele dia no deserto a
serpente recebeu o seu recado, a sua elevação, a sua glória é aqui neste
deserto, onde não há água, não tem comida, não tem vida, esse é seu lugar,
todos vão te olhar e vão te reconhecer e saber que m tu és.
Lá no Éden foi determinada uma guerra entre a mulher e a
serpente, guerra que duraria até o fim de tudo, e tudo aquilo não passou de
mais uma das batalhas, pois uma guerra e construídas de batalhas e combates,
mas vejo assim, seu domínio não passa daqui essa é minha visão, não leva em
consideração, mas é um assunto um tanto inusitado, complexo e de difícil
interpretação. O deserto o ermo lugar onde não há vida, simbolicamente é isso.
Mas o SENHOR DEUS não mandou Moisés construir nenhum deus
para o povo adorar, já disse que certas religiões se justificam aqui nessa
passagem, e como vemos temos algo mais elevado para olhar agora e se nos
arrependermos de todos os nossos erros e se tivermos sido picados pelo pecado,
envenenados pelo mal da serpente, e olharmos para CRISTO JESUS na sua Glória,
alcançaremos misericórdia e perdão, e seremos herdeiros também das suas promessas.
Quando me deparei com essa passagem sofri muito, e me
perguntava como, isso, porque tudo isso e não tinha nada, nada a respeito desse
assunto, perguntei até a alguns amigos o que eles achavam, mas sempre somos
ignorados pelo que fazemos, mas eu agradeço a DEUS de todo o coração por ter me
ajudado, e aberto meu entendimento nessa parte, talvez tenha escrito de um modo
muito simples, mas para mim, foi uma barreira muito grande que se desfez.
DEUS os abençoe muito.
Claudio Alves de
Oliveira
O que espera deste
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Parte 5-b
De Gêneses ao
Apocalipse
Serpentes ardentes