sexta-feira, 19 de agosto de 2016

FUTEBOL FEMENINO, O QUE NOS ENSINOU?


O que poderíamos aprender com nossas meninas do futebol, desde já preciso esclarecer que isso não é crítica, não é deboche, apenas minha visão dos fatos.
Foi um começo arrasador, sim, foi espetacular, 3 x 0 na China, 5 x 1 na Suécia, até esse momento pode ser que existia muita confiança, é obvio que sim, vencemos seleções importantes, fizemos 8 gols, então veio o terceiro jogo, quando atingimos nossas metas em alguma parte de nossas vidas, seja profissional ou social, nós não podemos substituir componentes, trocar valores, descansar nossa persistência, descansar nosso entusiasmo, relaxar nossa aptidão, “hoje eu não vou nem esquentar a cabeça”.
Temos uma folga grande, superamos a meta, dá para diminuir um pouco nosso ritmo, deixa outro fazer o que costumamos realizar, se for numa empresa não podemos nos iludir com essa folga, deixamos tudo para aquela parada normal de fim de ano, enquanto estamos no meio ou em qualquer parte do ano, é bom mantermos o foco, esquecer que estamos na frente, essa folga não serve para o dia a dia, foi mais ou menos assim o que ocorreu com a nossa seleção feminina de futebol, claro podemos aprender com isso e muito.
Quero deixar bem claro que é minha visão, é o que eu consegui enxergar, lembra da folga, o Brasil tinha isso em mão 7 gols positivo, 6 pontos de 9 disputados, e ai o que ocorre com nossa seleção, já demos a meta vamos relaxar um pouco, vamos dar um descanso para valentia, deixa a precisão dormir um pouco, não precisamos muito do foco hoje, já estamos classificados, vamos esquecer um pouco o foco, como numa empresa que um dia resolve dar folga para todos os funcionários, e alguém diz “temos um range bom, amanhã a gente recupera”, deixam as prioridades de lado, esquecem dos fornecedores, os clientes tentam fazer alguma transação, novos contratos, naquele dia investidores de outros países os procuram, porém a empresa resolveu tirar aquele dia de descanso, em um dia útil da semana.
Vamos entrar em campo com as jogadoras reservas, deixe as titulares descansarem, colocamos de lado, precisão, valentia, habilidade, etc. porque as que entraram não tinham essas qualidades, até poderiam ter, mas não tinham motivação, o que se passa na cabeça de uma pessoa que está de reserva, “nesse jogo se vai me por treinador, já estamos classificados não vale nada”, “no outro jogo eu volto a ser reserva de novo, que bela porcaria o treinador está me fazendo, devia ter me deixado no banco”, enfim muita negatividade se passa por ali, o treinador percebe isso, e começa a tirar as reservas e voltando as titulares, o que ele acaba de fazer, é desmotivar mais ainda as reservas.
Entram as titulares, sem foco, sem precisão, sem habilidade, porque tudo isso?
Quando encontramos nossa meta, não podemos descer a escada de novo, depois da meta o próximo degrau é a excelência, atingimos o patamar que arduamente buscamos porque não é fácil atingirmos isso, aquilo que planejamos, foi degrau a degrau, suor a suor, chegamos naquele momento de glória para nós, estivemos focados o ano inteiro, tentando ser precisos nos negócios, ter valentia para vendermos nossos produtos, ser valentes quando apresentamos para um novo cliente, sermos persistentes com novos contratos, quando alcançamos nossos objetivos, nossa realização, apenas atingimos nossa meta. Nada de mais, foi difícil subir os degraus do sucesso até ali.
Então numa atitude errada vamos comemorar, descemos de novo aqueles degraus, no caso da nossa seleção, desceram de elevador.
Que nos sirva de lição isso, lamentamos pelas jogadoras que tiveram muita garra, lutaram muito, porém estavam num patamar inferior, infelizmente não poderiam conquistar a excelência dessa forma. Lutaram, foram guerreiras, mas a precisão, a habilidade ficou no andar de cima.
Jogadores reservas só entram em campo, quando alguém cansa, alguém se machuca, mudança de estratégia, é uma atitude que pode até dar certo, mas também tem um efeito colateral bem desmotivador, foi o que aconteceu.
Na escada do sucesso devemos sempre focar em subir, degrau a degrau, se descermos os degraus perdemos tempo, e cinco minutos perdidos jamais recuperamos.

(Claudio Alves de Oliveira)


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