A CANÇÃO DA ALMA

 A CANÇÃO DA ALMA

A canção da alma, é como uma súplica, um rogo, ninguém ouve e não tem melodia.

É composta no tempo da aflição, em meio a turbulências, e grande agonia.

As letras são formadas e adaptadas no murmúrio do lamento que bramia.

Adequadas ao momento sombrio de uma vida vazia.

Talvez a surpresa e o espanto de que isso nunca aconteceria.

Eu falo de um sim, ou um talvez, algo que nos surpreenderia.

Etapas da vida e uma sensação de que DEUS não agiria.

E que na nossa percepção, a intervenção de DEUS parecia tardia.

E dentro de nós a nossa alma gemia.

E da lamentação e do pranto, da queixa e da lamúria.

A composição da letra, de uma canção começa a ter formato de uma poesia.

Que não fala nem julga, nem conta uma história.

Mas que fala de uma alma que no clamor se atrevia.

Que demonstrava que a sua fé jamais morreria.

Ainda que muitos aconselharam de que não suportaria.

Que o correto que fizesse, o melhor para todos era o fim da sua existência.

Mas como Jó o mesmo disse você como veio ao mundo, assim sairia.

Sua alma então gritou, e na mais profunda angustia.

Clamou aos Céus, por socorro, por auxilio, por amparo, por assistência.

Com palavras de bramido, gritos de uma alma que gemia.

Mas que a cada dia sua canção se fortalecia.

Cada frase, cada palavra, alguém dos Céus ouvia.

E os momentos da sua vida triste mudou para a alegria.

Pois a todo instante parece que o Céu descia ou que a terra subia.

Agora posso dizer que a canção da alma se tornou uma melodia.

E naquele deserto sem água, de repente chovia.

E num instante a tempestade deixou de lado a sua fúria.

E o fogo com tanta destreza, não mais consumia.

E a boca que se abre num canto de alegria.

E agora sim todos podem ouvir aquela melodia.

Que não tinha palavras lindas, apenas o clamor de uma alma que gemia.

Não tinha frases profundas, mas o silencio de uma agonia.

Não tinha pontuações, nem ritmo, nem acordes, apenas o que a alma sentia.

Mas agora com o doce sabor da conquista e da vitória.

Exulta de felicidade, de brilho, e se vista da alegria.

Sua voz foi ouvida e a sua canção tocou na glória.

O que era impossível se tornou fraco e sem audácia.

O jubilo agora é parte da sua harmonia.

E no teu concerto, orquestra de Anjos farão a sinfonia.

E o tema dessa composição é essa, a canção da alma.

Mas, agora e na plenitude será uma eterna alegria.

(Claudio Alves de Oliveira)

A canção da alma