segunda-feira, 25 de agosto de 2025

JUNTO AO RIO PARTE 2 O RETORNO



JUNTO AO RIO

O RETORNO


Um dia fomos recompensados depois de tanto tempo.

Vivendo num cativeiro, durante um período.

Tivemos nossa liberdade cerceada.

E perdemos tudo, nossas cidades, nossas casas.

Alguns não estão mais entre nós.

E alguns ainda nem sabem o que ocorreu.

Não tem compreensão ainda para entender.

Depois de tantas lágrimas e lamentações.

Pensávamos que nunca sairíamos da Babilônia.


 

Que findaríamos os nossos dias ali, vivendo escravizados.

Não tínhamos mais esperança, de voltar.

Quando a luta é demorada, nos enfraquece o coração.

Quando a prova é longa, ela apaga a nossa esperança.

Quando não vemos saída de uma situação, se enfraquecemos.

Quando não vemos solução para o problema, desfalecemos.

Quando somos limitados, sem liberdade, as nossas forças se acabam.

Mas o dia chegou, o momento tão esperado.

O decreto do rei foi notório, a notícia se espalhou.


 

Seríamos deportados daquele lugar.

Claro que haveria um período de transição.

Mas, não importava, a expectativa era enorme.

A ansiedade tomava conta dos nossos corações.

A Pérsia invadiu a Babilônia, e Ciro decretou.

Não só a nossa deportação, mas a reconstrução.


 

Devolveu o que nos foi tirado, nossas riquezas.

Nossos utensílios, aquilo que era sagrado.

É indescritível narrar nosso retorno.

Não existem palavras que expressam esse sentimento.

Para muito de nós era como se fosse um sonho.

Era muito difícil de acreditar que depois de tanto tempo.

Aproximadamente 50 anos, poderíamos voltar.

Recomeçar, reconstruir, reviver e se alegrar.

Poder estar todos juntos novamente.

Mas de uma maneira diferente, agora livres.

O peso do cativeiro saiu de nós, estávamos libertos.

Ainda tudo parecia irreal, parecia um sonho.

E pelos lugares que passávamos no regresso.

Nosso esplendor era brilhante.

A nossa alegria era contaminante.

Os nossos olhos brilhavam, e cantávamos.

Sorríamos, a nossa boca emanava felicidade.

Não conseguíamos conter a nossa euforia.

E as pessoas diziam: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.

Foi mesmo grandes coisas, nos libertou.

Nos tirou da escravidão, da opressão.

Estávamos voltando ao nosso lar.

Eles não faziam ideia do que isso nos representava.

Mas essas palavras resumia tudo, um grande feito.

Simplesmente um enorme e gigante feito do SENHOR.

As nossas vozes foram ouvidas.

O nosso clamor chegou aos céus.

As nossas petições foram assistidas.

A voz da nossa súplica alcançou os ouvidos do SENHOR.

As nossas lágrimas não foram em vão.

O nosso lamento mexeu no sentimento do SENHOR.

Aquele brilhos nos nossos olhos.

Aquela alegria estampada em nossa face.

A nossa boca se enchendo de cânticos.

Os nossos sorrisos de felicidade.

Era o SENHOR nos trazendo de volta.

Quantas vezes semeamos com lágrimas.

Plantamos as sementes em meio ao choro e lamentações.

Mas agora estávamos ceifando com alegria.

Colhendo aquela alegria, plantadas na infelicidade.

Nossas harpas não estavam mais penduradas nos juncos.

Estavam posicionadas junto ao peito.

Prontas para o momento oportuno.

A hora da grande celebração.

Juntos ao rio de Babilônia nos sentamos e choramos.

Lembrando de Sião.

Nos salgueiros que há meio delas penduramos as nossas harpas.

Os que nos destruíam, pediam que tocássemos.

Os que nos levaram cativos, pediram que os alegrássemos.

Cantai um dos cânticos de Sião.

Mas como poderemos entoar um cântico do SENHOR em terra estranha.

Consumidos pela saudade e o desejo de voltar.

Mas agora entoaremos o cântico do SENHOR.

Com toda a força da nossa alma.

Com todo o nosso coração.

Com toda a nossa devoção e adoração.

Louvem todos os povos.

Pelo grande feito que o SENHOR nos fez.

Louvem-nos todos, crianças, jovens e velhos.

Voltamos ao nosso lar.

Grande feito o SENHOR nos fez.


(Claudio Alves de Oliveira)

Junto ao rio

O retorno


 

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