VIA DOLOROSA
(O CAMINHO DO GÓLGOTA)
O que teria que passar não seria fácil.
E o momento se aproximava, a hora estava próxima.
Depois do jantar em Betânia.
Fez uma promessa antes de tudo acontecer.
Não será a última vez que tomaremos o fruto da vide.
Mas um dia, em outro lugar.
Longe de tudo isso, longe do mundo.
Quando tudo isso deixar de existir.
Tomaremos de novo, no reino do meu PAI.
Ele prometeu, para seus seguidores.
Enquanto o traidor buscava uma ocasião.
O jardim no monte das Oliveiras seria ideal.
Estaria com dois ou três discípulos.
O traidor aproveitou a oportunidade.
E naquela noite JESUS CRISTO começou sua missão.
Não haveria volta, não poderia desistir.
E ali no jardim implorou por forças.
O cálice era muito amargo, mas era preciso tomar.
Pai se for possível passa de mim este cálice.
Todavia seja feita a tua vontade.
Um beijo do traidor, foi o sinal.
E ele foi preso, iniciando seu sacrifício.
E ali o deixaram só, todos fugiram.
Entregue nas mãos dos homens.
Sem nenhum crime, um inocente.
Recebe o tratamento de um criminoso.
As autoridades religiosas precisam de provas.
Suas falácias e argumentos não serviam.
Procuravam alguma coisa para o incriminar.
Duas pessoas falaram do templo.
Que derrubaria e em três dias o reedificaria.
O silêncio era sua defesa.
O sacerdote então o desafiou um pouco além.
“Conjura-vos pelo DEUS vivo, nos diga.
Se tu és o CRISTO, o filho de DEUS
A resposta Dele foi contundente:
“Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.”
Aquilo para os acusadores era uma blasfêmia.
Um deles disse, para que provas isso basta.
Rasgando os seus vestidos disse, é réu de morte.
E ali o começa o desprezo da humanidade.
Cuspiram no seu rosto, esbofetearam e batiam com varapau.
O SENHOR JESUS sentiu ali a rejeição.
A do próprio povo que ele abraçou.
Foi levado ao governador, este não viu culpa.
Mas agradou as autoridades locais, temia uma revolta.
E propôs o perdão, o indulto da páscoa.
Quando o escolhido seria contemplado com o perdão.
E deixou o povo escolher o destino do FILHO DE DEUS.
Na escolha que mudaria também o destino do mundo.
Trinta moedas de prata, foi preço da traição.
A agora ao seu lado, tinha um criminoso.
E naquela manhã foi feito uma proposta.
Para o povo daquele lugar.
Que representaria o passado, o futuro e o presente.
Ali diante deles foi oferecida a decisão e a escolha.
Como se o governador colocassem diante deles.
Aqui está o amor e ali o ódio.
A luz está aqui e lá as trevas.
O que vocês decidem, o inocente ou o criminoso?
E naquela manhã a multidão insuflado pelo seus líderes.
Alguns foi até longe demais.
Se realmente fosse inocente.
Que fosse culpado pelo sangue, ele e sua descendência.
A escolha da multidão prevaleceu.
O CRIADOR do mundo FORMADOR de tudo o que há.
Foi levado para ser chicoteado.
Como alguém um disse.
Eis aí o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo.
Num simbolismo significava “subindo ao altar”.
Para si mesmo se oferecer em sacrifico.
As ruas daquele lugar, Jerusalém se encheu de pessoas.
Para acompanhar aquela caminhada sem volta.
Para todos os que subiram ao Gólgota.
Mas o que ocorria era diferente.
Em si era o desejo da multidão.
Mas por outro lado, bastaria um gesto.
Uma única palavra e nada aconteceria.
Os acusadores seriam ceifados na hora.
No entanto, o Cordeiro se ofereceu ao sacrifico.
Ganhou de presente dos homens uma coroa.
Só que era de espinhos, e incomodava muito.
Aquilo doía, perfurava a pele, uma roupa escarlate.
Símbolo de chacota e deboche.
Enquanto realizava aquele trajeto macabro.
CRISTO JESUS não sentia só o peso da cruz.
Nem a dor das feridas abertas pelo chicote.
Não era só a dor dos espinhos na cabeça.
Que apertavam sem crânio, incomodando.
Gotas de seu sangue ia caindo pelo caminho.
Então Ele sentiu a dor do desprezo.
Ele sentiu o flagelo da rejeição.
Um preço tão alto que pagaria pela humanidade.
Os gestos, as blasfêmias, as ações.
A provocação por parte de alguns do povo.
Que cuspiam, batiam, num ato de covardia.
Aos olhos do mundo ali estava alguém indefeso.
Que caminhava para o lugar de execução.
Bastaria uma única palavra um gesto simples.
E os Céus se abririam e os exércitos celestiais atuariam.
Se isso acontecesse sua missão falharia.
O objetivo era algo maior.
Sabe, aquelas pessoas, os soldados.
Aqueles que o desprezavam, zombavam, cuspiam.
Falavam palavras absurdas, o condenavam.
Não era considerado inimigos.
Somente pessoas dominadas pelo ódio.
Mas aquele era o caminho para algo maior.
Mas sendo totalmente humano e fragilizado.
Seu corpo colapsado, por todo o tratamento severo.
Caiu diversas vezes, mas levantava e prosseguia.
Um homem passava vindo do campo.
E esse foi incumbido de o ajudar.
Algumas mulheres choravam e se lamentavam.
Ele percebeu, e quase como um gemido disse.
Não chores por mim, mas lamentais por vós.
Pelos seus filhos, pelos seus descendentes.
Entre dois marginais sua cruz foi elevada.
Os cravos nas mãos e nos pés.
Uma placa indicando a sua condenação.
“Este é Jesus rei dos judeus.”
O metal roçava no osso fazendo com isso aumento da dor.
O seu corpo nu exposto.
Calado como o mudo cordeiro levado ao matadouro.
Talvez lembrou que um dia.
Chorou sobre aquela cidade.
Jerusalém que mata os profetas e aqueles que são enviados.
Quantas vezes eu quis ajuntar, como a galinha faz com os pintainhos.
Mas a rejeição dos homens falou mais alto.
O orgulho dos humanos era determinante.
A tradição estava complexada naquelas pessoas.
A religião não admitiria mudanças.
Que se opunha ao sistema sofreria retaliação.
O processo lento e agonizante da morte de cruz se inicia.
“Desça daí se tu és o Filho de DEUS.”
“Salva-te a ti mesmo e a nós”, dizia um dos condenados.
Mas o outro, não concordava com isso.
“nós merecemos isso aqui, mas Ele é inocente”.
Uma última atitude, um último gesto.
E aquele homem arrependido e coerente.
Demonstrando a sua gratidão e reconhecimento.
Mesmo sentindo as mesmas dores do outro.
Encarava a crucificação como um merecimento pelo seus atos.
Ouviu: “Te digo hoje, estarás comigo no Paraíso”.
Os sinais começam a acontecer.
Houve trevas, terremoto.
Alguém confessou Ele é realmente o Filho de DEUS.
Aquele lugar foi abalado com um clamor.
“DEUS meu, DEUS meu, porque me desamparaste.”
Pouco tempo depois terminava a sua missão na terra.
Ou melhor, no mundo dos vivos.
Nesse exato momento o véu do templo se rasgou.
Agora sua verdadeira batalha seria com outro inimigo.
Esse mais potente, mais eficaz.
Que o Salmista classificou como portas eternas.
A morte precisa ser vencida, e no terceiro dia.
Ela perdeu sua força e não resistiu.
Uma explosão acontece uma energia indescritível.
Ocorre no sepulcro onde fora colocado o Filho de DEUS.
E Ele ressurgi do mundo dos mortos.
Significando que a morte foi derrotada na batalha.
Perdeu a sua força, não o pode reter.
Não suportou a presença do FILHO DE DEUS.
E as entradas eternas teve que abrir suas portas.
O Rei da Glória entrou e resgatou.
Todas as almas que estavam presas.
A morte perdeu o seu direito.
Através dos milênios não perdeu nenhuma batalha.
Mas agora, os grilhões estavam posto aos seus pés.
Então o REI DA GLÓRIA venceu o maior inimigo.
Ainda permaneceu na terra por quarenta dias.
E na frente de muitas testemunhas.
Retornou aos Céus e recebido com honras.
Assenta a minha direita até que ponha os teu inimigos por escabelos dos vossos pés.
Disse o SENHOR ao meu SENHOR.
Agora tu és Sacerdote Eterno.
Alguém um dia relatou algo assim.
Que hoje vemos aquele JESUS que era menor do que os anjos.
Por causa da sua paixão e morte.
Coroado de honra e glória lá nos céus.
Por ter passado as mesmas coisas que nós passamos.
Sentidos as mesmas aflições e angústias.
Tentações e tantas outras coisas.
Isso é outra visão da sua passagem pela terra.
Entende e compreende cada ser humano.
Porque naquilo que CRISTO JESUS foi tentado, padeceu.
Pode socorrer aos que são tentados.
(Claudio Alves de Oliveira)
Via dolorosa (o caminho do Gólgota)
Extras:
Via Dolorosa: O Caminho de Jesus com a Cruz
A Via Dolorosa (Caminho da Dor, em latim) é um percurso de aproximadamente 600 metros em Jerusalém, tradicionalmente reconhecido como o trajeto que Jesus Cristo percorreu, carregando a cruz, desde o local de sua condenação até o Gólgota (também conhecido como Calvário), onde foi crucificado. Este caminho é marcado por 14 estações, cada uma representando um evento significativo da Paixão de Cristo.
É importante notar que, embora seja um percurso profundamente simbólico e de grande significado para os cristãos, a localização exata de algumas estações pode variar historicamente ou ter sido adaptada ao longo dos séculos devido às mudanças na cidade de Jerusalém.
As 14 Estações da Via Dolorosa:
Aqui está um mapa textual e a descrição das 14 estações, começando do que se acredita ser o ponto de partida:
Estação I: Jesus é Condenado à Morte
Localização Tradicional: Pátio da Escola Umariyeh, adjacente à Fortaleza Antônia. Este era o local onde Pôncio Pilatos teria proferido a sentença.
Descrição: Jesus é julgado e condenado à crucificação.
Estação II: Jesus Recebe a Cruz
Localização Tradicional: Em frente à Capela da Condenação e Flagelação, perto da Fortaleza Antônia.
Descrição: Jesus recebe a pesada cruz sobre seus ombros.
Estação III: Jesus Cai pela Primeira Vez
Localização Tradicional: Esquina da Via Dolorosa com a Rua El-Wad, perto de uma pequena capela polonesa.
Descrição: Sob o peso da cruz, Jesus cai pela primeira vez.
Estação IV: Jesus Encontra Sua Mãe, Maria
Localização Tradicional: Em frente à Igreja Armênia de Nossa Senhora do Espasmo.
Descrição: Maria, sua mãe, vê Jesus sofrendo e carregando a cruz.
Estação V: Simão de Cirene Ajuda Jesus a Carregar a Cruz
Localização Tradicional: Em frente à Capela de Simão de Cirene, na subida da Via Dolorosa.
Descrição: Os soldados forçam Simão de Cirene a ajudar Jesus a carregar a cruz.
Estação VI: Verônica Enxuga o Rosto de Jesus
Localização Tradicional: Em frente à Igreja de Santa Verônica, que abriga o convento das Irmãzinhas de Jesus.
Descrição: Uma mulher, Verônica, tem compaixão e enxuga o rosto de Jesus com um véu.
Estação VII: Jesus Cai pela Segunda Vez
Localização Tradicional: Na Via Dolorosa, em um cruzamento de ruas, marcado por uma pequena capela franciscana.
Descrição: Jesus cai novamente sob o peso da cruz.
Estação VIII: Jesus Consola as Mulheres de Jerusalém
Localização Tradicional: Na parede do Mosteiro Ortodoxo Grego de São Caralambos.
Descrição: Jesus para para falar com as mulheres que choravam por ele.
Estação IX: Jesus Cai pela Terceira Vez
Localização Tradicional: Perto da entrada do Santo Sepulcro, no pátio da Igreja Copta de São Antônio.
Descrição: Próximo ao Gólgota, Jesus cai pela última vez.
As últimas cinco estações estão localizadas dentro da Basílica do Santo Sepulcro, que é construída sobre o local tradicional do Calvário e do túmulo de Jesus.
Estação X: Jesus é Despojado de Suas Vestes
Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, no topo do Calvário.
Descrição: Jesus tem suas roupas tiradas antes da crucificação.
Estação XI: Jesus é Pregado na Cruz
Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, no topo do Calvário, no altar católico.
Descrição: Jesus é pregado à cruz.
Estação XII: Jesus Morre na Cruz
Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, no topo do Calvário, no altar ortodoxo grego.
Descrição: Jesus entrega seu espírito e morre na cruz.
Estação XIII: Jesus é Retirado da Cruz (Deposição)
Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, na Pedra da Unção, que fica logo na entrada do edifício.
Descrição: O corpo de Jesus é retirado da cruz.
Estação XIV: Jesus é Colocado no Sepulcro
Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, no Edículo, o túmulo de Jesus.
Descrição: O corpo de Jesus é colocado em um túmulo.



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