UM VAZIO

UM VAZIO

Chega uma etapa da vida que nos sentimos incompletos.

Talvez seja somente uma sensação.

No entanto, sentimos a falta de alguma coisa.

Se tratam de pensamentos tão profundos e distantes.

Que não conseguimos distinguir ou entender.

E aquele vazio começa a nos ocupar.

Alguma coisa está nos faltando e não sabemos o que é.

Como se um pedaço, ou uma parte do nosso ser.

Deixasse de existir assim, simplesmente.

Nesse momento da vida não temos uma resposta.

Nem um esclarecimento na nossa dúvida.

Nem nós mesmo conseguimos chegar a uma conclusão.

Definir de fato o que nos faz falta, ou o que estamos sentido.

Fomos afetados por algo que nem imaginamos.

Mas aquele sentimento de falta pode nos culpar.

E o vazio incomoda e precisamos de uma resposta.

E olhando para o hoje o agora, nada temos.

Porque ainda vivemos debaixo do mesmo sol.

Caminhamos “submersos” no brilho do mesmo luar.

A chuva ainda nos molha e encharca a terra.

Ajudando as sementes germinarem e as flores exalarem o seu perfume.

As estrelas ainda permanecem no firmamento.

As estações do ano obedecem o seu tempo.

Os rios não mudaram o seu curso.

As cachoeiras continuam com suas canções.

As aves ainda não perderam o seu encanto.

Nem as garças voam solitárias.

Nem os gafanhotos elegerem um rei.

E os salmões precisam encontrar o lugar do seu nascimento.

Na viração do dia o sol se despede.

Com uma imagem cada dia deferente e surpreendente.

No outro ele aparece ainda mais reluzente.

E a lua que parece tão próxima da terra.

Tem dias que parece dizer a uma pessoa “não estás só”.

O tempo nunca mudou, continuar a passar.

Deixando o passado para bem distante.

E aproximando de nós o futuro.

Ele não volta, ninguém interfere nisso.

Cinco minutos perdidos nunca mais se recupera.

O vento ainda sussurra nos nossos ouvidos.

Leva para longe algum mal, ou sentimentos ruim.

Ou nos traz em suas asas, novidades.

As pessoas, os mais próximos não nos esqueceram.

Nosso nome ainda é lembrado, é mencionado.

Mas se ainda se sente incompleto.

Faça uma viagem ao passado.

Use as lembranças como caminho.

E a saudade como degraus para lugares mais alto.

As imagens da infância preenche os vazios.

Dos anos vividos, as decepções.

Situações inacabadas que ficaram pela história.

Talvez esse sentimento seja a soma disso.

Mas ainda assim se esse vazio persistir.

Viaje ao infinito, navegue pela imaginação.

Ultrapasse os limites na humanidade na inspiração.

Voe para distante dos olhos.

Nas asas da imaginação.

Se esse vazio for na alma.

Isso é distância de DEUS, ausência.

Se for isso é mais fácil.

Só precisa de aproximação.

O mar não foi criado por causa dos peixes.

Se eles saírem do mar, deixam de existir.

O mar continua existindo.

Nem a terra foi criada por causa das plantas.

Se tirar suas raízes da terra ele vai secar e morrer.

Mas a terra continua sua existência.

Assim também ocorre com o homem e a mulher.

Como dizem alguns em seus ensinos.

Que a necessidade do homem criou DEUS.

Se o homem ou a mulher se desliga de DEUS.

Também morrem de dentro pra fora.

Porque em DEUS está a vida.

Terminamos essa reflexão assim.

O sentimento do vazio, incompleto.

Precisa ser preenchido de alguma forma.

Antes da depressão te levar.

Para um caminho sem retorno.

A resposta que precisa está em sua força.

Na sua persistência e na sua vontade.

Em nunca desistir ou voltar atrás.

Existem coisas que vem até nós.

Mas outras precisamos ir em busca.

Já falamos do sol, da chuva, da lua.

Mas se quisermos uma cachoeira.

Precisamos ir até onde ela está.

A nossa parte precisamos fazer.

DEUS abençoe o seu dia o seu momento.

O seu hoje o seu agora.

(Claudio Alves de Oliveira)

Um vazio