quinta-feira, 31 de julho de 2025

DE VOLTA AO LAR



DE VOLTA AO LAR

Baseado em uma história real


Antes de mais nada quero que saiba que sou um ser irracional.

Não cobre de mim coisas que talvez eu nunca compreenda.

Sou apenas um animal, que precisa sobreviver.

Precisa saber que minhas ações, sãos instintos.

Você precisa saber que não programei nada.

Nenhum dos meu passos foi premeditado.

Só não podia ficar onde estava, precisava voltar.

De alguma forma eu teria que retornar.

Essa é a minha história, me chamavam de “Cholinho”.

Nasci num sítio no final dos anos 70.

E logo comecei as minhas traquinagens.

Adorava os ovos frescos das galinhas.

Expulsava elas dos seus ninhos e aproveitava.



As palhas quentinhas aqueles ovos fresquinhos.

Ficava horas ali, passava a noite naquele ninho.

Pela manhã enfrentava a ira dos meus tutores.

Castigavam-me por isso, mas não adiantava.

Não tinha raciocínio para entender.

E eu repetia aqueles feitos, invadia o galinheiro.

E tomava posse, expulsava a penosa.

Fui castigado muitas vezes, só não entendia por quê.

Meus companheiros de patas não faziam isso.

Muitas vezes saíamos para a caça, atrás de preás, gambás.

Meu instinto era seguir o rastro de um outro animal.

Não é por nada não, fui um grande caçador.

Entrava na toca dos tatus, corria atrás do tamanduá.

Um dia com dois companheiros, atacamos uma cobra.

E ela não foi párea e a deixamos estirada no chão.

Confesso que não era o melhor dos cachorros.

Fazia minhas artes, meu dono viajava.

Ficava três dias fora de casa, ou até mais.

Ele saia do sítio até uma pequena venda.

Um termo usado para mercado.

Ia de bicicleta até lá e a deixava nos fundos desse lugar.

E eu ficava de vigia até ele voltar.

Guardando a sua bike, o dono do mercado o Dito me dava comigo e água.

Porém no sítio não mudei em nada meu comportamento.

E um dia senti que tinha alguma coisa no ar.

Meus donos cansados de mim, tramaram uma conspiração.

Me levaram para a cidade, para morar com um Judeu.

A minha jornada começa a partir deste ponto.

Fui deixado para trás, fiquei amarrado com aquele homem.

Que fez de tudo para que eu fosse feliz.

Mas como eu poderia, longe da minha casa.

A tristeza mais profunda que possa imaginar tomou meu ser.

E passei dias amargos, me recusei a comer a beber.

As vezes dormia pensando que era um sonho.

Que no amanhecer acordaria no sítio, com as crianças.

Com os amigos, fazendo minhas artes.

Naquele lugar na cidade eu não poderia ser feliz.

Aquilo não era lugar para nenhum cachorro.

Então decidi que precisava voltar.

Tomei a decisão e elaborei a minha fuga.

O cheiro do meus donos eu conhecia.

O cheiro forte da gasolina da variante 2 era inconfundível.

Mas era tudo ou nada, só precisava tentar.

Ali eu não poderia ficar, era tudo o que eu pensava.

E num dia aquele homem foi tirar minha corda.

Talvez quisesse demonstrar confiança, fidelidade.

Por semanas esperei por esse momento.

E quando soltou as amarrar eu disse “é agora”.

E comecei a correr sem direção a esmo.

E quando estava longe percebi que o Judeu nem se importou.

Agora era achar o caminho de volta.

Encontrar de novo a felicidade.

A saudade de casa era como uma faca perfurando o coração.

Parecia que minha alma sangrava.

Mas agora nas ruas de Juquiá, meu foco, era seguir o cheiro.

Fui abençoado pelo CRIADOR, com um faro.

E graças a isso, foi o que me ajudou.

Procurando no ar que respirava o caminho para o regresso.

Nesse momento da minha história não pensava com um cachorro.

Talvez meu CRIADOR me transformou naqueles dias.

Depois de rodear a cidade, já sem esperança.

Encontrei algo familiar, uma rodovia.

E ali fiquei por alguns momentos imaginando, me perguntando.

Então observei um veículo grande cheio de pessoas.

Aqueles cores, vinho, com tons de amarelo.

Fioravante, já tinha visto aquilo antes.

Era isso, quando esperava meu dono das suas viagens.

Esse veículo sempre passava na estrada.

Lembrei que aquele mercado ficava na beira da rodovia.

Meu instinto dizia que teria que seguir.

Não lembro quanto tempo andei.

Noite e dia, me alimentava de restos que achava nos lixos.

Água era abundante, meus instintos me guiava.

Precisava estar focado, era uma rodovia muitos carros passavam.

Todo cuidado era pouco, poderia acontecer de nunca mais voltar.

Eu era um ser irracional longe de casa, ninguém se importava.

Se quis desistir, eu diria que sim.

Mas meu instinto falava mais alto.

E imaginava o sítio, a comida, o lugar, um paraíso.

Os amigos, as crianças, as caçadas.

Vivi momentos que a saudade era agoniante.

E uivava, pensando que meus donos poderiam ouvir.

Mas a realidade era bem diferente, estava sozinho e distante.

Um dia percebi que um dos carros que passavam.

Tinha um cheiro que eu já tinha sentido.

Era familiar, próximo ou de alguém que já esteve no sítio.

Meu pequeno ser se encheu de forças e motivação.

E não parei de andar, eu precisava voltar.

Eu queria de volta o meu lar, minha casa.

Eu preciso voltar, eu preciso voltar, precisava voltar.

Isso maquinava minha cabeça, minha mente.

Depois de muitos dias, encontrei um lugar a beira da estrada.

Que o faro detectou um cheiro mais forte.

Um posto de saúde, mais adiante, o cheiro intensificou.

Mas ainda não era o sítio, continuei caminhando pela rodovia.

Depois de caminhar um longo caminho.

Estava muito cansado, com fome, com sede.

Desmoralizado, afinal de contas, fui abandonado.

Deixado pra trás, nada disso importava agora.

Só queria voltar, só queria minha vida de volta.

Meus olhos cansado já sem forças.

Observo em uma curva da estrada umas árvores.

Uma pequena mercearia, logo pensei, já estive aqui.

Lembrei dali, era a venda, onde meu dono deixava a bicicleta, quando viajava.

Corri para os fundos na esperança de encontrar alguma coisa.

Estava tudo vazio, mas o cheiro estava no ar, eu podia sentir.

Meus instintos me falava que estava perto.

Mas agora eu tinha um aliado, conhecia onde estava.

Agora eu tinha certeza que encontraria meu lar.

E depois de muitos dias de angustia.

Dando o meus últimos passos ouvi um grito.

Uma criança gritava: “mãe o Cholinho voltou”.

Não acreditava estava em casa, aqueles eram a minha família.

Aquele era o lugar onde vivi.

Houve uma festa por parte dos humanos a meu respeito.

Olhavam-me sem acreditar com o que eu fiz.

Confesso que estava muito feliz, também sem acreditar.

Que depois de todos aqueles dias, eu consegui.

Então cansado, exausto me deitei e fiquei horas pensando.

Imaginando se não tivesse conseguido, onde estaria agora.

Logo me deram comida, meus companheiros se achegaram.

Conversamos na nossa linguagem, me renderam homenagens.

Deram-me boas vindas e nos abraçamos da nossa forma.

Que dias foram aqueles senhoras e senhores.

Foi perdoado por todas as minhas antigas traquinagens.

Fui muito feliz mesmo, o meu feito se espalhou.

Entre os humanos e acredito que entre os da minha raça também.

Não importa, o que importa é que minha história sirva de motivação.

Acreditar é algo muito forte e que durante a caminhada me agarrei a isso.

Não deixei em nenhum momento o acreditar sair de mim.

Superar, outro ponto essencial, quantos medos eu tive.

Precisei superar todos eles, me alimentava do desejo e da vontade.

De voltar, de estar em casa, com minha família, com os amigos.

E isso me encorajava, fazia desistir das afrontas.

Porque outros cachorros que encontrei queriam briga, mas não aceitei nenhum confronto.

Ignorei tudo o que poderia me atrapalhar, tirar o meu foco.

Estava focado em voltar, em encontrar o caminho de volta.

Meus objetivos era o faro, o cheiro que não podia perder.

Obedeci aos meus instintos de sobrevivência e de animal.

Muitos confessaram que fui vitorioso.

Talvez na minha irracionalidade pedi ajuda ao meu CRIADOR.

Sem sequer saber, mas algo em mim estava conectado a ELE.

Mas, um dia de sol, me deitei na estrada de chão para descansar.

E acabei dormindo, não ouvi o barulho de um caminhão.

Que até fez menção de parar, mas o malvado motorista não parou.

E passou por cima de mim, encerrando os meu dias de gloria.

Berto, foi o meu assassino, e naquele dia deixei de existir.

Mas a minha história continua viva.

Os meus feitos agora publicados, possa servir de inspiração.

De motivação, é uma mensagem de resiliência.

Uma voz nos corações que diz: não desista, não deixe de acreditar.

As noites são frias e escuras, mas precisa seguir em frente.

A fome e a sede te farão pensar em parar e desistir.

A solidão e a distância te trarão medo e pavor, mas precisa ignorá-los.

Precisa manter o foco nos seu objetivos.

Siga em frente, apenas caminhe, caminhe, não pare.

Até ouvir o grito da felicidade.

(Claudio Alves de Oliveira)

De volta ao lar


 

segunda-feira, 28 de julho de 2025

A INOCÊNCIA E A INJUSTIÇA



A INOCÊNCIA E A INJUSTIÇA


A inocência foi sufocada e clama por justiça.

Os injustos festejam com seus aliados.

A inocência foi atacada na sua essência.

A justiça entregue nas mãos de injustos.

A justiça foi sequestrada, está amordaçada e vendada.

Impedida de se pronunciar, averiguar os fatos.

Seguir critérios e determinações, como a “carta magna”.

Não enxerga mais culpados ou inocentes.

Vendada, não consegue ver a diferenças nas ações.



A veracidade dos fatos, as provas contundentes.

Como um boneco de marionetes, se define a justiça hoje.

Trabalha com alvos, escolhe quem sofre o seu peso.

Suas duras decisões, controlando todo o processo.

Muitas oportunidades seus alvos não tem direito a defesa.

Os advogados dos seus alvos não tem acesso aos autos.

Existem casos de que provas foram forjadas.

Confissões foram coagitadas por meios duvidosos.

E outros casos as imagens das câmeras de segurança, ignoradas.

Defensores do réu com a palavra de defesa, restringida.

E testemunhas simplesmente dispensadas.

Num processo penal, isso é essencial.

O que temos hoje dentro desse processo penal.

É que os acusados estão condenados, antes mesmo do processo.

Alvos dessa justiça sequestrada.

Que não se importa com a inocência.

Se tiver na sua mira se torna criminoso.

Sem a necessidade de ações ou atos que justifiquem.

E dentro desse aspecto, blinda os seus aliados.

Dispensa depoimentos de quem não são os seus alvos.

Os seus aliados pouco importa os seus crimes.

Suas falácias, suas narrativas.

A justiça se aliou ao sistema.

E a sua função não é mais proteger a Constituição.

Ou cumprir as leis criadas pelo congresso.

Ou a proteção de direitos fundamentais.

Um criminoso que tenha cometido um crime hediondo.

Tem direito a defesa em juri.

Tivemos outro dia a fala da defesa cassada.

A justiça vendada só enxerga opositores do sistema.

Para que seja declarado criminoso, basta uma crítica.

Uma opinião, é o que basta, para uma condenação.

A justiça sequestrada transformou uma manifestação.

Em golpe de estado.

Pessoas com cartazes, Bíblias e um batom.

Considerados um risco para a soberania Nacional.

Em apenas um ato, manifestante tiveram seus direitos cassados.

Sua liberdade cerceada.

Tivemos a tentativa de um golpe de estado.

Sem armas, sem soldados e sem opositores.

Não existiu blindados nas ruas, nem manifestantes armados.

Tudo ficou muito vago e vazio.

Mas a sequestrada justiça, não precisa disso.

Para que, provas e evidências, basta sustentar o argumento.

Em outras palavras o falso argumento.

A narrativa, a falácia ou a estória inventada.

Para entender isso precisamos perguntar ao passado.

Nem precisa se esforçar tanto.

Só perguntar sobre o “modo operandis”.

Se pegar uma mentira e repeti-la mil vezes.

Nas mentes das pessoas algo se torna verdade.

Essa é a razão de alguns meios de comunicação.

Ou os comunicados, as falas se repetem como um mantra.

O golpe, atentado contra a democracia.

Soberania nacional, estado democrático de direito.

E isso afeta a população.

Principalmente as pessoas que não tem acessa a informação.

E aquelas que ignoram o outro lado da história.

Pouco se importa com os fatos.

É isso que ocorre com o sequestro da justiça.

Os alvos, considerados criminosos sem crime.

São perseguidos, intimidados, processados.

Sofrem sanções, medidas cautelares, previsão preventiva.

Bloqueio de bens, não só o alvo, mas seus familiares.

E a justiça vendada não vê se têm idosos ou crianças.

Ou se algum dos considerados “golpistas”.

Precisa de cuidados médicos, por exemplo.

Coisas que não acontecem em presídios.

Um detento morrer por falta de atendimento médico.

Ou o tratamento adequado que precisa.

Estou falando de detentos que cometeram crimes.

Não os detentos vítimas de uma narrativa.

Temos que criar a narrativa certa.”

Para que a mentira pareça verdade”.

Uma frase de Stalin atualizada.

Mas algumas pessoas de bom caráter.

Não desistiu de tudo, mesmo perseguidos e cassados.

Mudaram o território da batalha.

Como a águia, que leva sua presa para seu território.

No solo, talvez não tivesse sucesso.

Mas nas alturas, derruba sua presa nas pedras.

E assim sem muito esforça se alimenta.

Lá de fora com proteção, asilo político.

É um meio mais eficaz de enfrentar a tirania.

Lá onde a jurisdição da justiça vendada não tem eficácia.

Onde os tentáculos da sequestrada justiça não alcança.

Não é uma luta que se ganha da noite para o dia.

Requer determinação, união, engajamento e objetivos.

Até esse momento, muita coisa foi conquistada.

Mas ainda falta muito, falta libertar a justiça.

Tirar suas amarras, arrancar sua vendas.

E o mais difícil retornar a sua ordem.

Exercer suas funções sem sequelas.

Torcer que não tenho adquirido a síndrome de Estocolmo.

O remédio será amargo, mas será eficaz.

A esperança de que a justiça faça justiça.

Prenda os culpados, devolvam as celas os criminosos.

Que se alicerce de caráter e verdade.

Não seja usada para fins políticos, partidários.

Mas que apenas cumpra o seu papel.

Não interfira mais em nenhum dos poderes.

E muito menos nos direitos fundamentais.

Na liberdade de cada cidadão desse país.

Que aprenda com tudo isso.

Que não se apadrinhe com nenhum político.

Nem deva favores a ninguém.

A imparcialidade tem que ser considerada, objetiva.

A esperança é que em pouco tempo, seja liberta, ó justiça.

Aquelas pessoas não precisam de anistia.

Não cometeram crime nenhum.

Elas precisam agora ser ressarcidas e cuidadas.

Pessoas traumatizadas pela justiça dos injustos.

Para que haja justiça, punir que as colocou na prisão.

Enquanto isso não acontecer, não existirá justiça.

Num futuro não muito distante.

A frase mais celebre que vai existir, será essa:

Perdeu mané, vê se não amola”.

(Claudio Alves de Oliveira)

A inocência e a injustiça


 

sexta-feira, 25 de julho de 2025

O PRESENTE O HOJE



Descubra a beleza do presente com "O Agora é um Presente: Inspire-se com Esta Reflexão". Este vídeo poético e contemplativo convida adultos a refletirem sobre a importância do momento atual, entre passado e futuro. Com imagens cinematográficas em luz natural e tons quentes da hora dourada, cada palavra do poema ganha vida, ressaltando que o hoje é uma dádiva repleta de oportunidades para perdoar, corrigir e crescer. Deixe-se envolver pela atmosfera nostálgica e profunda, que estimula a gratidão e a consciência do valor do agora. Compartilhe essa mensagem poderosa e inspire outros a abraçarem o presente com amor e atenção plena.

*Repostagem de textos antigos com interação em vídeo, pode ser assistido aqui mesmo ou no youtube.*


O PRESENTE O HOJE


O hoje não parece assim tão simples.

Nem o amanhã tão distante.

O ontem não foi tão longínquo assim.

Porque com a dor vem o sofrimento.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

A OUSADIA E O ESCRITOR


 

Nesse reflexão em forma de poema, o autor compara duas suposta pessoas, que representam a ousadia e o escritor, tudo no meio imaginário, como se fosse ficção, um vídeo bem rápido, se sinta ousado também e deixe sua opinião aí nos comentários.

*Repostagem de textos antigos com interação de vídeo, pode ser assistido aqui mesmo ou no youtube.*


A OUSADIA E O ESCRITOR


Ousadia é quem meche com o filho da leoa.

Não para quem escreve uma prosa.

Ousadia é quem desafia a gravidade.

domingo, 20 de julho de 2025

FAÇA O SEU MELHOR



Nessa reflexão tem o item importante, nos convida a refletir, e nos avaliar, ela nos convida a olhar para dentro de nós mesmo, e pesar as palavras, evitar as acusações ,as críticas, as falácias, somos todos iguais, é verdade que divididos por bolhas, porém já passou da hora de sabermos o certo e o errado. Claro convido você a entrar nessa viagem, mostre aos seus amigos, compartilhe, deixa a sua curtida, e sua opinião é essencial.
  *Repostagem de textos antigos com a interação de vídeo, pode ser assistido aqui mesmo ou no Youtube.*


FAÇA O SEU MELHOR



Uma falsa acusação pode destruir uma reputação.

O julgamento precoce pode matar um inocente.

Uma opinião mal elaborada numa hora errada.

Só serve para aumentar a ferida.

terça-feira, 15 de julho de 2025

VIA DOLOROSA (O CAMINHO DO GÓLGOTA)




VIA DOLOROSA

(O CAMINHO DO GÓLGOTA)


O que teria que passar não seria fácil.

E o momento se aproximava, a hora estava próxima.

Depois do jantar em Betânia.



Fez uma promessa antes de tudo acontecer.

Não será a última vez que tomaremos o fruto da vide.

Mas um dia, em outro lugar.

Longe de tudo isso, longe do mundo.

Quando tudo isso deixar de existir.

Tomaremos de novo, no reino do meu PAI.

Ele prometeu, para seus seguidores.

Enquanto o traidor buscava uma ocasião.

O jardim no monte das Oliveiras seria ideal.



Estaria com dois ou três discípulos.

O traidor aproveitou a oportunidade.

E naquela noite JESUS CRISTO começou sua missão.

Não haveria volta, não poderia desistir.

E ali no jardim implorou por forças.

O cálice era muito amargo, mas era preciso tomar.

Pai se for possível passa de mim este cálice.

Todavia seja feita a tua vontade.

Um beijo do traidor, foi o sinal.

E ele foi preso, iniciando seu sacrifício.

E ali o deixaram só, todos fugiram.

Entregue nas mãos dos homens.

Sem nenhum crime, um inocente.

Recebe o tratamento de um criminoso.

As autoridades religiosas precisam de provas.

Suas falácias e argumentos não serviam.

Procuravam alguma coisa para o incriminar.

Duas pessoas falaram do templo.

Que derrubaria e em três dias o reedificaria.

O silêncio era sua defesa.

O sacerdote então o desafiou um pouco além.

Conjura-vos pelo DEUS vivo, nos diga.

Se tu és o CRISTO, o filho de DEUS

A resposta Dele foi contundente:

Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.

Aquilo para os acusadores era uma blasfêmia.

Um deles disse, para que provas isso basta.

Rasgando os seus vestidos disse, é réu de morte.

E ali o começa o desprezo da humanidade.

Cuspiram no seu rosto, esbofetearam e batiam com varapau.

O SENHOR JESUS sentiu ali a rejeição.



A do próprio povo que ele abraçou.

Foi levado ao governador, este não viu culpa.

Mas agradou as autoridades locais, temia uma revolta.

E propôs o perdão, o indulto da páscoa.

Quando o escolhido seria contemplado com o perdão.

E deixou o povo escolher o destino do FILHO DE DEUS.

Na escolha que mudaria também o destino do mundo.


Trinta moedas de prata, foi preço da traição.

A agora ao seu lado, tinha um criminoso.

E naquela manhã foi feito uma proposta.

Para o povo daquele lugar.

Que representaria o passado, o futuro e o presente.

Ali diante deles foi oferecida a decisão e a escolha.

Como se o governador colocassem diante deles.

Aqui está o amor e ali o ódio.

A luz está aqui e lá as trevas.

O que vocês decidem, o inocente ou o criminoso?

E naquela manhã a multidão insuflado pelo seus líderes.

Alguns foi até longe demais.

Se realmente fosse inocente.

Que fosse culpado pelo sangue, ele e sua descendência.

A escolha da multidão prevaleceu.

O CRIADOR do mundo FORMADOR de tudo o que há.

Foi levado para ser chicoteado.

Como alguém um disse.

Eis aí o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo.

Num simbolismo significava “subindo ao altar”.

Para si mesmo se oferecer em sacrifico.

As ruas daquele lugar, Jerusalém se encheu de pessoas.

Para acompanhar aquela caminhada sem volta.

Para todos os que subiram ao Gólgota.



Mas o que ocorria era diferente.

Em si era o desejo da multidão.

Mas por outro lado, bastaria um gesto.

Uma única palavra e nada aconteceria.

Os acusadores seriam ceifados na hora.

No entanto, o Cordeiro se ofereceu ao sacrifico.

Ganhou de presente dos homens uma coroa.

Só que era de espinhos, e incomodava muito.

Aquilo doía, perfurava a pele, uma roupa escarlate.

Símbolo de chacota e deboche.

Enquanto realizava aquele trajeto macabro.

CRISTO JESUS não sentia só o peso da cruz.

Nem a dor das feridas abertas pelo chicote.

Não era só a dor dos espinhos na cabeça.

Que apertavam sem crânio, incomodando.

Gotas de seu sangue ia caindo pelo caminho.

Então Ele sentiu a dor do desprezo.

Ele sentiu o flagelo da rejeição.

Um preço tão alto que pagaria pela humanidade.

Os gestos, as blasfêmias, as ações.

A provocação por parte de alguns do povo.

Que cuspiam, batiam, num ato de covardia.

Aos olhos do mundo ali estava alguém indefeso.

Que caminhava para o lugar de execução.

Bastaria uma única palavra um gesto simples.

E os Céus se abririam e os exércitos celestiais atuariam.

Se isso acontecesse sua missão falharia.

O objetivo era algo maior.

Sabe, aquelas pessoas, os soldados.

Aqueles que o desprezavam, zombavam, cuspiam.

Falavam palavras absurdas, o condenavam.

Não era considerado inimigos.

Somente pessoas dominadas pelo ódio.

Mas aquele era o caminho para algo maior.

Mas sendo totalmente humano e fragilizado.

Seu corpo colapsado, por todo o tratamento severo.

Caiu diversas vezes, mas levantava e prosseguia.

Um homem passava vindo do campo.

E esse foi incumbido de o ajudar.

Algumas mulheres choravam e se lamentavam.

Ele percebeu, e quase como um gemido disse.

Não chores por mim, mas lamentais por vós.

Pelos seus filhos, pelos seus descendentes.

Entre dois marginais sua cruz foi elevada.

Os cravos nas mãos e nos pés.

Uma placa indicando a sua condenação.

Este é Jesus rei dos judeus.”

O metal roçava no osso fazendo com isso aumento da dor.

O seu corpo nu exposto.

Calado como o mudo cordeiro levado ao matadouro.

Talvez lembrou que um dia.

Chorou sobre aquela cidade.

Jerusalém que mata os profetas e aqueles que são enviados.

Quantas vezes eu quis ajuntar, como a galinha faz com os pintainhos.

Mas a rejeição dos homens falou mais alto.

O orgulho dos humanos era determinante.

A tradição estava complexada naquelas pessoas.

A religião não admitiria mudanças.

Que se opunha ao sistema sofreria retaliação.

O processo lento e agonizante da morte de cruz se inicia.

Desça daí se tu és o Filho de DEUS.”

Salva-te a ti mesmo e a nós”, dizia um dos condenados.

Mas o outro, não concordava com isso.

nós merecemos isso aqui, mas Ele é inocente”.

Uma última atitude, um último gesto.

E aquele homem arrependido e coerente.

Demonstrando a sua gratidão e reconhecimento.

Mesmo sentindo as mesmas dores do outro.

Encarava a crucificação como um merecimento pelo seus atos.

Ouviu: “Te digo hoje, estarás comigo no Paraíso”.

Os sinais começam a acontecer.

Houve trevas, terremoto.

Alguém confessou Ele é realmente o Filho de DEUS.

Aquele lugar foi abalado com um clamor.

DEUS meu, DEUS meu, porque me desamparaste.”

Pouco tempo depois terminava a sua missão na terra.

Ou melhor, no mundo dos vivos.

Nesse exato momento o véu do templo se rasgou.

Agora sua verdadeira batalha seria com outro inimigo.

Esse mais potente, mais eficaz.

Que o Salmista classificou como portas eternas.

A morte precisa ser vencida, e no terceiro dia.

Ela perdeu sua força e não resistiu.

Uma explosão acontece uma energia indescritível.

Ocorre no sepulcro onde fora colocado o Filho de DEUS.

E Ele ressurgi do mundo dos mortos.

Significando que a morte foi derrotada na batalha.

Perdeu a sua força, não o pode reter.

Não suportou a presença do FILHO DE DEUS.

E as entradas eternas teve que abrir suas portas.

O Rei da Glória entrou e resgatou.

Todas as almas que estavam presas.

A morte perdeu o seu direito.

Através dos milênios não perdeu nenhuma batalha.

Mas agora, os grilhões estavam posto aos seus pés.

Então o REI DA GLÓRIA venceu o maior inimigo.

Ainda permaneceu na terra por quarenta dias.

E na frente de muitas testemunhas.

Retornou aos Céus e recebido com honras.

Assenta a minha direita até que ponha os teu inimigos por escabelos dos vossos pés.

Disse o SENHOR ao meu SENHOR.

Agora tu és Sacerdote Eterno.

Alguém um dia relatou algo assim.

Que hoje vemos aquele JESUS que era menor do que os anjos.

Por causa da sua paixão e morte.

Coroado de honra e glória lá nos céus.

Por ter passado as mesmas coisas que nós passamos.

Sentidos as mesmas aflições e angústias.

Tentações e tantas outras coisas.

Isso é outra visão da sua passagem pela terra.

Entende e compreende cada ser humano.

Porque naquilo que CRISTO JESUS foi tentado, padeceu.

Pode socorrer aos que são tentados.


(Claudio Alves de Oliveira)

Via dolorosa (o caminho do Gólgota)

Extras: 


 Via Dolorosa: O Caminho de Jesus com a Cruz

A Via Dolorosa (Caminho da Dor, em latim) é um percurso de aproximadamente 600 metros em Jerusalém, tradicionalmente reconhecido como o trajeto que Jesus Cristo percorreu, carregando a cruz, desde o local de sua condenação até o Gólgota (também conhecido como Calvário), onde foi crucificado. Este caminho é marcado por 14 estações, cada uma representando um evento significativo da Paixão de Cristo.

É importante notar que, embora seja um percurso profundamente simbólico e de grande significado para os cristãos, a localização exata de algumas estações pode variar historicamente ou ter sido adaptada ao longo dos séculos devido às mudanças na cidade de Jerusalém.

As 14 Estações da Via Dolorosa:

Aqui está um mapa textual e a descrição das 14 estações, começando do que se acredita ser o ponto de partida:

  1. Estação I: Jesus é Condenado à Morte

    • Localização Tradicional: Pátio da Escola Umariyeh, adjacente à Fortaleza Antônia. Este era o local onde Pôncio Pilatos teria proferido a sentença.

    • Descrição: Jesus é julgado e condenado à crucificação.

  2. Estação II: Jesus Recebe a Cruz

    • Localização Tradicional: Em frente à Capela da Condenação e Flagelação, perto da Fortaleza Antônia.

    • Descrição: Jesus recebe a pesada cruz sobre seus ombros.

  3. Estação III: Jesus Cai pela Primeira Vez

    • Localização Tradicional: Esquina da Via Dolorosa com a Rua El-Wad, perto de uma pequena capela polonesa.

    • Descrição: Sob o peso da cruz, Jesus cai pela primeira vez.

  4. Estação IV: Jesus Encontra Sua Mãe, Maria

    • Localização Tradicional: Em frente à Igreja Armênia de Nossa Senhora do Espasmo.

    • Descrição: Maria, sua mãe, vê Jesus sofrendo e carregando a cruz.

  5. Estação V: Simão de Cirene Ajuda Jesus a Carregar a Cruz

    • Localização Tradicional: Em frente à Capela de Simão de Cirene, na subida da Via Dolorosa.

    • Descrição: Os soldados forçam Simão de Cirene a ajudar Jesus a carregar a cruz.

  6. Estação VI: Verônica Enxuga o Rosto de Jesus

    • Localização Tradicional: Em frente à Igreja de Santa Verônica, que abriga o convento das Irmãzinhas de Jesus.

    • Descrição: Uma mulher, Verônica, tem compaixão e enxuga o rosto de Jesus com um véu.

  7. Estação VII: Jesus Cai pela Segunda Vez

    • Localização Tradicional: Na Via Dolorosa, em um cruzamento de ruas, marcado por uma pequena capela franciscana.

    • Descrição: Jesus cai novamente sob o peso da cruz.

  8. Estação VIII: Jesus Consola as Mulheres de Jerusalém

    • Localização Tradicional: Na parede do Mosteiro Ortodoxo Grego de São Caralambos.

    • Descrição: Jesus para para falar com as mulheres que choravam por ele.

  9. Estação IX: Jesus Cai pela Terceira Vez

    • Localização Tradicional: Perto da entrada do Santo Sepulcro, no pátio da Igreja Copta de São Antônio.

    • Descrição: Próximo ao Gólgota, Jesus cai pela última vez.

As últimas cinco estações estão localizadas dentro da Basílica do Santo Sepulcro, que é construída sobre o local tradicional do Calvário e do túmulo de Jesus.

  1. Estação X: Jesus é Despojado de Suas Vestes

    • Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, no topo do Calvário.

    • Descrição: Jesus tem suas roupas tiradas antes da crucificação.

  2. Estação XI: Jesus é Pregado na Cruz

    • Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, no topo do Calvário, no altar católico.

    • Descrição: Jesus é pregado à cruz.

  3. Estação XII: Jesus Morre na Cruz

    • Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, no topo do Calvário, no altar ortodoxo grego.

    • Descrição: Jesus entrega seu espírito e morre na cruz.

  4. Estação XIII: Jesus é Retirado da Cruz (Deposição)

    • Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, na Pedra da Unção, que fica logo na entrada do edifício.

    • Descrição: O corpo de Jesus é retirado da cruz.

  5. Estação XIV: Jesus é Colocado no Sepulcro

    • Localização: Dentro da Basílica do Santo Sepulcro, no Edículo, o túmulo de Jesus.

    • Descrição: O corpo de Jesus é colocado em um túmulo.