O
PASSADO
QUE NÃO MORRE
Em
certos momentos da vida é preciso recordar.
As
boas lembranças é bom voltar a lembrar.
Momentos
inesquecíveis e que nunca vai se apagar.
A
infância querida e a vida pacata do lar.
As
boas músicas que falava da natureza e do luar.
Essas
que fizeram parte da nossa juventude naquele lugar.
Quando
comparamos com as atuais só nos faz repudiar.
A
inspiração dos poetas deixou de ser o campo e o mar.
Deixou
de ser o sítio, os rios, os pássaros e o seu cantar.
O
conteúdo da melodia não é mais o sol, a chuva ou o luar.
Ninguém
conta uma história, algo a se considerar.
As
músicas atuais não exprimem sentimentos nem bem-estar.
Os
poetas da nossa infância se vão indo pela estrada da vida.
Os
que restaram, ficaram esquecidos perderam seu lugar.
Foram
trocados por uma melodia um tanto vulgar.
Um
dia só serão lembranças e saudades, para recordar.
Porque
o poeta se vai mas a poesia vai se eternizar.
Hoje
a orquestra dos passarinhos ninguém quer mais escutar.
Ninguém
mais fala das andorinhas e o seu retornar.
Nem
do João-de-barro e do seu pesar.
Ninguém
lembra mais da sementinha e sua história para chorar.
Do
feijão e da flor, nem da saudade da minha terra para lembrar.
Hoje
tudo é diferente, as drogas são temas para rimar.
O
crime, a traição, e as bebidas servem para se inspirar.
Alguns
chamam isso de progresso, mas assim eu não consigo enxergar.
Apologia
ao crime, ao sexo, ao vício em arte transformar.
É
isso que tentam na sociedade implantar.
Por
isso alguns vive no presente e no passado deseja retornar.
Com
não é possível, parece que o tempo ficou a empacar.
Vive
num mundo diferente a parte num outro patamar.
Ah
o passado que se foi e nunca mais vai
voltar.
Só
nos resta seguir em frente e continuar.
Levando
no peito aqueles momentos para
recordar e vivenciar.
Se
estas palavras fizeram você no passado retornar.
Se
suas lembranças te comoveram e te fizeram chorar.
Se
na sua mente muitas imagens estão a se materializar.
Muitas
coisas começou a lembrar.
E
assim volte a se inspirar.
Não
deixe de compartilhar.
Assim
estará a me ajudar.
Neste
meu caminhar.
(Claudio
Alves de Oliveira)
O
passado que não morre
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